Ela desembarcou em Brasília há dez dias, vinda da Bahia, com a missão de proteger o governo de todo o mal e livrar a Esplanada das aflições do cotidiano. Chegou a se acomodar ao lado da mesa de trabalho de Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, mas, com medo de que fosse levada ao chão, a presidente instalou a nova companheira no Alvorada. Confeccionada em argila, a imagem de Nossa Senhora Desatadora dos Nós, que Dilma ganhou de presente, é hoje o seu xodó.
"Ela tem muito ciúme dessa peça", conta o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. Em temporada de eleições municipais e julgamento do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal, não faltam nós para o governo desatar na seara política.
O radar de Dilma, porém, está mais sintonizado nas amarras econômicas. "Noventa por cento dos problemas que tomam conta da cabeça dela são ligados à crise e em como retomar o crescimento num nível elevado, sem risco", diz Carvalho. Enquanto a presidente procura soluções para desobstruir "gargalos logísticos" e se debruça sobre os entraves em portos, aeroportos, rodovias e ferrovias, há embaraços de todos os tipos com os aliados. A base de apoio do governo está dividida no Congresso, parlamentares reclamam de falta de atenção e candidatos a prefeito rogam pela presença de Dilma nos palanques.
02 de setembro de 2012
in coroneLeaks
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