Antonio Santos Aquino escreve aqui no Blog da Tribuna cheio de razão. Depois da morte de Leonel Brizola, está substituindo-o no conhecimento da história do trabalhismo brasileiro. É como se fosse o fio da história.
Um político de verdade
Conhecemos os méritos da caminhada política de Waldir Pires. Sem deixar de conhecer-lhe os grandes equívocos. A troca de partidos, mencionada por Leandro Almeida, diminui-lhe, sem dúvida, a biografia.
Seu lugar natural era, ao lado de Brizola e do amigo Darcy, liderando o PDT na Bahia, fazendo-o forte e respeitado. Houvesse sido candidato à vice-presidência na chapa do maior brasileiro desse nosso tempo — do campeão da defesa das causas da educação e da nacionalidade — teríamos sido vitoriosos. Não precisa dizer da superlativa envergadura de quem teria sentado na cadeira presidencial!
Não sufragamos o nome de Waldir, no dia 7 do fluente para a vereança de Salvador porque nos veio à lembrança a decepção política que cravara, tanto em Leonel Brizola quanto em Darcy Ribeiro.
Desta vez, não votamos em candidato algum. Quando Brizola era vivo, sufragávamos a legenda do PDT em se tratando de cargos proporcionais. Neste pleito eleitoral, não tivemos opção. Fomos obrigado a anular os votos. Antes, votávamos na legenda pedetista em homenagem a Brizola.
Ficamos muito triste quando vemos a falta de idealismo dos atuais pequenos dirigentes do PDT.
Rebaixaram-no, mormente aqui na Bahia, transformando-o em pouso de políticos carreiristas. Tanto resvalaram que tornaram o partido de tantas lutas populares em legenda de aluguel. Pior. Fizeram desse bastião — símbolo de honra da resistência — mero apêndice da agremiação partidária que se tornou dominante. Causa muito sofrimento quando temos de falar sobre página tão triste!
Deixamos claro que, por toda a vida, desde adolescente quando estudávamos no Colégio Central, em Salvador, o único político — cuja inteligência, probidade, coragem, lealdade e firmeza — sempre admiramos, nas lutas em prol do Brasil e de seu povo, foi Leonel Brizola.
16 de outubro de 2012
Hugo Gomes de Almeida
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