Vale lembrar a história do jornalista americano que foi a Viena, às vésperas do Anschluss, para cobrir a decisão de Adolf Hitler de incorporar a Áustria ao Reich alemão.
O coleguinha escreveu que os governos e os jornais divulgavam estarem 98% dos austríacos favoráveis à incorporação, mas quando ia entrevistar os cidadãos, só encontrava os 2% discordantes…
De olho nas pesquisas…
Seria bom que Fernando Haddad atentasse para valores um pouco acima e além dos números das pesquisas e da monumental campanha desenvolvida pelos companheiros.
Estas indicam dispor o ex-ministro da Educação de 60% das preferências paulistanas enquanto José Serra, menos de 40%. Ainda que não se possa discordar da inequívoca tendência de São Paulo para seguir o Lula, como explicar a existência da maioria conservadora que levou o tucano à vitória no primeiro turno?
Jamais se irá comparar o Lula a Hitler, que forçou a ocupação da Áustria pela Alemanha utilizando a Gestapo, as SS, seus exércitos e sua propaganda. Só que os austríacos, sufocados, engoliram o fato consumado, mas quando puderam manifestar-se livremente, no fim da guerra, optaram por readquirir a independência.
Como estamos na democracia, certas etapas poderão ser queimadas.
Essa, pelo menos, é a visão de Serra, confiando em que a maioria conservadora e silenciosa postada à margem das pesquisas e da intensa campanha do PT venha a dar sua resposta dia 28.
Longe de estar defendendo José Serra, acentuamos apenas a semelhança de situações com a Europa no final dos Anos Trinta. Muita badalação, mas quem garante não estar sufocada nas ruas uma tendência capaz de aflorar diante das urnas eletrônicas?
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ENTROU PELA CONTRAMÃO
Certas pessoas costumam escorregar em avenidas secas e amplas. Sem motivo, esborracham-se. É o caso do prefeito reeleito do Rio, Eduardo Paes, vindo de retumbante vitória ainda no primeiro turno.
Elogiou como ninguém a presidente Dilma, durante e depois da campanha, mas agora acaba de armar uma bomba de alto poder explosivo.
Eduardo Paes é do PMDB, partido que mantém aliança com o governo através da presença de Michel Temer na vice-presidência da República.
Trata-se da pedra de toque capaz de garantir a reeleição de Dilma e da dobradinha com o verdadeiro chefe do partido que ainda agora elegeu o maior número de prefeitos em todo o país.
Para que balançar uma estrutura aparentemente sólida com a sugestão de trocar Temer pelo governador Sérgio Cabral? A proposta só servirá para rachar o PMDB e despertar reflexos na aliança que dá suporte à situação.
16 de outubro de 2012
Carlos Chagas
O coleguinha escreveu que os governos e os jornais divulgavam estarem 98% dos austríacos favoráveis à incorporação, mas quando ia entrevistar os cidadãos, só encontrava os 2% discordantes…
De olho nas pesquisas…
Seria bom que Fernando Haddad atentasse para valores um pouco acima e além dos números das pesquisas e da monumental campanha desenvolvida pelos companheiros.
Estas indicam dispor o ex-ministro da Educação de 60% das preferências paulistanas enquanto José Serra, menos de 40%. Ainda que não se possa discordar da inequívoca tendência de São Paulo para seguir o Lula, como explicar a existência da maioria conservadora que levou o tucano à vitória no primeiro turno?
Jamais se irá comparar o Lula a Hitler, que forçou a ocupação da Áustria pela Alemanha utilizando a Gestapo, as SS, seus exércitos e sua propaganda. Só que os austríacos, sufocados, engoliram o fato consumado, mas quando puderam manifestar-se livremente, no fim da guerra, optaram por readquirir a independência.
Como estamos na democracia, certas etapas poderão ser queimadas.
Essa, pelo menos, é a visão de Serra, confiando em que a maioria conservadora e silenciosa postada à margem das pesquisas e da intensa campanha do PT venha a dar sua resposta dia 28.
Longe de estar defendendo José Serra, acentuamos apenas a semelhança de situações com a Europa no final dos Anos Trinta. Muita badalação, mas quem garante não estar sufocada nas ruas uma tendência capaz de aflorar diante das urnas eletrônicas?
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ENTROU PELA CONTRAMÃO
Certas pessoas costumam escorregar em avenidas secas e amplas. Sem motivo, esborracham-se. É o caso do prefeito reeleito do Rio, Eduardo Paes, vindo de retumbante vitória ainda no primeiro turno.
Elogiou como ninguém a presidente Dilma, durante e depois da campanha, mas agora acaba de armar uma bomba de alto poder explosivo.
Eduardo Paes é do PMDB, partido que mantém aliança com o governo através da presença de Michel Temer na vice-presidência da República.
Trata-se da pedra de toque capaz de garantir a reeleição de Dilma e da dobradinha com o verdadeiro chefe do partido que ainda agora elegeu o maior número de prefeitos em todo o país.
Para que balançar uma estrutura aparentemente sólida com a sugestão de trocar Temer pelo governador Sérgio Cabral? A proposta só servirá para rachar o PMDB e despertar reflexos na aliança que dá suporte à situação.
16 de outubro de 2012
Carlos Chagas
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