Quando todos esperavam que ele seguisse a posição do revisor Ricardo Lewandowski, que levantou a tese de corrupção sem lavagem de dinheiro, Toffoli simplesmente votou pela condenação de todos os parlamentares denunciados por corrupção passiva e apoiou a tese de que houve compra de voto, sim, e não apenas caixa 2.
No caso da lavagem de Dinheiro, Toffoli disse que os próprios réus confessaram aceitar vantagem viabilizada pelo grupo do publicitário Marcos Valério e pelo Banco Rural, sendo indiferente o destino dado à verba.
O ministro também entendeu que todos os réus acusados do crime de formação de quadrilha são inocentes, porque não se uniram com o objetivo de cometer crimes em bando, e sim para obter vantagens individuais. Toffoli, assim, seguiu a corrente inaugurada pela ministra Rosa Weber, para quem determinados réus atuaram apenas na condição de coparticipantes.
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MARCO AURELIO APOIA
O ministro Marco Aurélio Mello, como já se esperava, absolveu os 13 réus do Capítulo 16 da denúncia, que envolve partidos da base aliada do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do crime de lavagem de dinheiro. Nesse particular, seguiu expressamente o voto do revisor:
“Não podemos confundir, e o revisor ressaltou isso muito bem, o exaurimento da corrupção com a lavagem de dinheiro”, apontou Marco Aurélio Mello, que defendeu a existência da compra de votos, dizendo que o intuito do esquema não era cobrir os gastos de campanha dos partidos, mas formar uma base parlamentar para que determinadas reformas fossem aprovadas na Câmara.
“Ao votar corrupção passiva, faço de forma clara. Essa corrupção não visou cobrir caixa dos diversos partidos na espécie, mas, sim, a base de sustentação para aprovar-se. Sofrendo, com isso, a própria sociedade brasileira”, disse o ministro.
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NOVA TENDÊNCIA
O ministro Celso de Mello proferiu um dos votos mais duros, pedindo a condenação de 12 réus no julgamento do mensalão. Assim, o único acusado que não foi condenado nesta etapa foi Antônio Lamas, de quem o próprio Ministério Público pede a absolvição.
“O Estado brasileiro não tolera o poder que corrompe e nem tolera o poder que se deixa corromper”, anunciou o ministro, antes formar maioria pela condenação dos dez réus acusados de corrupção passiva nesta parte da denúncia. Eles são ligados a partidos aliados ao PT – PP, PL (atual PR), PTB, PMDB.
“Quem tem o poder e a força do Estado em suas mãos não tem o direito de usá-lo para exercer em seu próprio benefício a autoridade que lhe é conferida pelas leis da República”, disse.
Além de Celso de Mello, os ministros Joaquim Barbosa, Luiz Fux, Gilmar Mendes e Marco Aurélio Mello foram incisivos sobre o entendimento de que houve a compra de apoio no governo Lula.
E até Dias Toffoli reconheceu a compra de apoio ao analisar a acusação contra os réus ligados ao ex-PL, atual PR.
Ou seja, assunto encerrado. Lula é um mentiroso e Dirceu vai mesmo para a cadeia.
01 de outubro de 2012
Carlos Newton
Ainda tenho minhas dúvidas. Caso queiram - ou se vejam obrigados -sempre arranjarão um jeitinho. De qualquer forma, a condenação deles, seja qual for, já servira como simbólismo. Só espero que fiquem OBRIGATORIAMENTE! - afastados da vida pública.
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