"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 25 de novembro de 2012

IMBRÓGLIO ESPANHOL

NESTE DOMINGO AS ELEIÇÕES QUE PRETENDEM LEVAR A CATALUNHA À INDEPENDÊNCIA.
A manifestação nacionalista de 11 de setembro: combustível para a eleição deste domingo (Foto: La Vanguardia)
 
Um coronel maluco pede intervenção militar na região caso seu governo prossiga no caminho da independência em relação ao país. O secretário de Segurança regional convoca sua polícia para “defender o país” em caso de conflito. O ministro da Justiça avisa que um plebiscito na região para decidir a independência é “claramente ilegal e inconstitucional”.
O chefe do governo regional responde:

– Constituições e tribunais não nos deterão.

Estamos falando de onde? Da Venezuela? De algum país africano que vive de golpe em golpe?
Nada disso. Esse tipo de guerra de palavras está se dando na civilizada e democrática Espanha, às voltas com eleições na comunidade autônoma (equivalente a um Estado americano) da Catalunha, neste domingo, 25, em que a independência da região está, pela primeira vez em séculos, colocada seriamente sobre a mesa.

Os parágrafos acma constituem o lead da excelente matéria que o jornalista Ricardo Setti postou em seu blog no site da revista Veja. Setti está em Barcelona, portanto, no olho do furacão.

Neste domingo, 25 de novembro, os catalães vão às urnas decididos a tornar a Catalunha um país independente e, portanto, desligado completamente da Espanha. A Catalunha é denominada "Província Autônoma', porém integrada ao Estado espanhol.

Além da crise que castiga a Espanha, a fúria pela independência que esquenta a cabeça dos catalães é um fantástico imbróglio que ocorre num contexto de turbulência fervido no caldeirão da crise econômica que, aliás, é um dos ingredientes dessa encrenca.

Vale a pena ler o que informa desde Barcelona, o jornalista Ricardo Setti, num texto bem articulado e com muita inforamção. Clique AQUI para ler tudo.
 
25 de novembro de 2012
in aluizio amorim

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