"Se fosse para cumprir muitos anos em uma prisão nossa, eu preferiria morrer, temos um sistema prisional medieval"".
Frase do nosso grande ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, em evento organizado pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide).
Até parecia estar discursando no famigerado Foro de São Paulo.
Cidadão brasileiro, dê sua interpretação a esse eloquente pronunciamento.
Eu pessoalmente tenho duas.
A primeira, ato falho, mero fruto da incompetência do ministro para exercer um cargo público e uma análise mais ampla também do partido, afinal estão no poder há dez anos e nada fizeram para mudar a situação dos presídios, apesar de existir uma Secretaria de Direitos Humanos com essa finalidade.
Injustificável, mesmo levando-se em conta que hoje essa secretaria é dirigida por uma hipócrita e de caráter duvidoso. O que fizeram Márcio Thomas Bastos e Tarso Genro?
Minha segunda interpretação e que considero a mais provável, seria um recado sub-reptício a José Dirceu, Marcos Valério e Delubio Soares: matem-se, vocês sabem muito, conviviam no mesmo porão, arrependimentos e traições existem, portanto não ponham em risco nosso querido, venerável e intocável chefe.
Fonte: Alerta Total
COMENTO: O incompetente, ao invés de falar essa enorme bobagem, poderia aproveitar a ocasião para explicar por que, em 2012, o governo Dilma mobilizou apenas R$ 20.900,00 (vinte mil e novecentos reais) dos R$ 27,6 milhões previstos no Orçamento para construir o quinto presídio federal de segurança máxima.
E, por que só empenhou (não gastou, necessariamente) R$ 119 milhões, dos R$ 238 milhões previstos para serem distribuídos aos presídios estaduais em 2012.
Por outro lado, consta que generais nazistas, logo após o atentado contra Hitler, costumavam visitar os envolvidos na traição e, após exporem suas suspeitas despediam-se do visitado deixando uma arma municiada em sua mesa, como sugestão de uma saída honrosa para o caso: o suicídio.
Por aqui, a sugestão é feita via discurso reprisado nacionalmente pela televisão. Vã tentativa: somente quem tem honra procura uma saída honrosa.
16 de novembro de 2012
Humberto Luna Freire Filho
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