José Dirceu comandou uma organização criminosa dentro do PT, igualzinha a da Daslu. Seu lugar é no Tremembé.
Matéria requentada continua rendendo
Como mais um lance de sua campanha pelo candidato tucano, a Folha (para assinantes) e também o Estado (para assinantes), repercutem a matéria da Veja sobre o filho de Lula e a empresa da qual é sócio. Como comentei ontem, a matéria é requentada. Nada foi provado contra a associação da Gamecorp com a Telemar, e não há nada contra Fabio Luiz,que os jornais e a Veja chamam de Lulinha, com o único objetivo de ligá-lo ao presidente de maneira pejorativa. Mas quando se trata da filha de Geraldo Alckimin, que o próprio ex-governador reconhece que acompanhou a proprietária da Daslu à Secretaria da Fazenda para tratar de assuntos empresariais, tudo bem. Mais do que isso: indignação geral quando o site do PT tratou da questão. Leiam as matérias e confirmem. Não há nada, só calúnias da Veja.
O crime de Eliana Tranchesi, dona da Daslu, foi formação de quadrilha. O mesmo de José Dirceu. O PT usou o fato da filha de Alckmin ter trabalhado na empresa para desqualificar Alckmin na campanha presidencial de 2006. Sugeria que a Família Alckmin era sócia do empreendimento. Eliana Tranchesi foi mofar numa penitenciária de segurança máxima. Comandada pelo PCC. Agora José Dirceu quer ir para um oásis, pelo mesmo crime. Alckmin tem o poder de mandá-lo para o Presídio de Tremembé. Vamos ver de que matéria é feito o governador de São Paulo.
A decisão do local onde o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu poderá cumprir a pena em regime fechado será tomada pela Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo, mas o petista considera apresentar petição ao poder público com sugestões de unidades prisionais. Os amigos do ex-dirigente do PT dizem que ele está preparado para a prisão e que o tema já é debatido, ainda de maneira reservada. O objetivo da iniciativa é garantir a proteção do réu e a sua proximidade ao distrito onde reside, em Vinhedo (SP), direitos previstos na Lei de Execução Penal.
Na avaliação de integrantes da pasta estadual de Administração Penitenciária e de pessoas próximas ao petista, ouvidas pelo GLOBO, o mais provável é que ele cumpra a pena em centros de ressocialização, como o de Bragança Paulista e o de Limeira, cujas populações carcerárias estão abaixo da capacidade total de detentos. Por haver vagas, é mais provável que a administração pública acate uma solicitação da defesa do petista para essas unidades prisionais, que abrigam presos de baixa periculosidade e oferecem melhor estrutura.
— A defesa poderá sugerir locais, mas isso não é uma garantia, uma vez que a decisão é da administração pública. E, posteriormente, pode-se recorrer ao juiz de execuções — explica o jurista Luiz Flávio Gomes. Além de São Paulo, o Supremo Tribunal Federal (STF) poderá conferir a decisão da escolha da unidade prisional à Justiça de Brasília, hipótese que é avaliada, contudo, como pouco provável por juristas e criminalistas.
Em um bairro calmo, em que o principal ponto de referência é um cemitério, o centro de ressocialização de Bragança Paulista, a 58 km de Vinhedo, é considerado uma unidade modelo. O agente penitenciário Manuel Bento, que passou pelo Complexo do Carandiru, relata que nunca foi registrada uma fuga no local, que abriga 230 presos.
Na cadeia, os detidos têm acesso a bibliotecas, salas de aula e barbearia. Eles têm espaço para se exercitar e podem receber visitas nos fins de semana. O agente penitenciário afirma que o petista será bem recebido na unidade prisional, mas os vizinhos do local têm opinião diferente. — Nossa, dá medo. O meu medo é toda essa repercussão tirar a tranquilidade daqui —afirmou a professora Evelin Gomes dos Santos.
Em Limeira, a 83 km de Vinhedo, o centro de ressocialização é comparado a um hotel por moradores do município. A unidade é vizinha a um horto florestal, e os detidos não são confinados em celas. No local, os 99 prisioneiros dormem em alojamentos sem grades e têm acesso livre a um orelhão. A única reclamação é o barulho. Ao lado do local, funciona um kartódromo e uma pista de motocross. O administrador da pista de kart, Carlos Alberto Munhoz, relata que já promoveu uma prova com presos e que alguns deles já lhe prestaram serviços.— Eu vou colocá-lo para trabalhar aqui, para ele ver o que é difícil. Essa decisão deixa a gente animado com o Brasil e mostra que a corrupção pode ser combatida — afirmou.
Além dos centros de ressocialização, outra hipótese para o petista é o Complexo de Tremembé, a 140 km da capital paulista. A unidade prisional é apelidada de “Presídio de Caras”, por abrigar condenados de crimes de grande repercussão, como o jornalista Pimenta Neves e o advogado Alexandre Nardoni. A opção mais próxima de Vinhedo, contudo, é o Complexo de Hortolândia, a 45 km. A unidade penitenciária, que abriga mais que o dobro de detentos que a sua capacidade total e possui condições precárias de alojamento, não deverá ser escolhida para o petista.
Quando acusou Eliana Tranchesi, dona da Daslu, o procurador Jefferson Dias declarou: “trata-se de uma organização criminosa pela hierarquia e a divisão de tarefas que existia”.E enquadrou a ré, com toda a razão, no crime de formação de quadrilha.
Quando acusou José Dirceu, dono do PT, a Procuradoria Geral da República usou os mesmos argumentos, colocando o petista agora condenado como chefe de uma organização criminosa, que tinha hierarquia e comando.
Não há diferença entre os crimes praticados por José Dirceu e Eliana Tranchesi. Então não pode haver diferença de tratamento entre eles. Pelo que informam os jornais, no estado de São Paulo, a pena para o crime de formação de quadrilha deve ser cumprido em penitenciária de segurança máxima. Foi assim que o governo de São Paulo agiu em relação à dona da Daslu. Colocou-a num presídio de segurança máxima, no meio de detentas ligadas ao PCC. Cumpriu uma semana incomunicável em cela de 6m2. Não poderá agir de forma diferente com José Dirceu. A não ser por um ato de extrema covardia de Governador do Estado, Geraldo Alckmin. Covardia com o povo de São Paulo. Covardia com a própria família, atacada mentirosamente no Caso Daslu pelo próprio José Dirceu.
16 de novembro de 2012
in coroneLeaks
O próprio José Dirceu, em seu blog, atacou Alckmin por causa da Daslu. Será que o governador vai mandá-lo para um oásis ou vai dar a ele o mesmo tratamento que deu à dona da loja?
Vejam o que José Dirceu postou em seu blog
17/08/2006
Alckmin, no Estadão, não responde e não fala nada
Ao participar de sabatina no jornal O Estado de S.Paulo, o candidato Alckmin, pelo jeito, não teve que responder nada sobre Nossa Caixa, Daslu, Dona Lu e sua filha e CPIs barradas na Assembléia Legislativa de São Paulo – nem com uma decisão do STF os tucanos deixam a Assembléia investigar as denúncias de corrupção contra o ex-governador.
22/10/2006
22/10/2006
Matéria requentada continua rendendo
Como mais um lance de sua campanha pelo candidato tucano, a Folha (para assinantes) e também o Estado (para assinantes), repercutem a matéria da Veja sobre o filho de Lula e a empresa da qual é sócio. Como comentei ontem, a matéria é requentada. Nada foi provado contra a associação da Gamecorp com a Telemar, e não há nada contra Fabio Luiz,que os jornais e a Veja chamam de Lulinha, com o único objetivo de ligá-lo ao presidente de maneira pejorativa. Mas quando se trata da filha de Geraldo Alckimin, que o próprio ex-governador reconhece que acompanhou a proprietária da Daslu à Secretaria da Fazenda para tratar de assuntos empresariais, tudo bem. Mais do que isso: indignação geral quando o site do PT tratou da questão. Leiam as matérias e confirmem. Não há nada, só calúnias da Veja.
O crime de Eliana Tranchesi, dona da Daslu, foi formação de quadrilha. O mesmo de José Dirceu. O PT usou o fato da filha de Alckmin ter trabalhado na empresa para desqualificar Alckmin na campanha presidencial de 2006. Sugeria que a Família Alckmin era sócia do empreendimento. Eliana Tranchesi foi mofar numa penitenciária de segurança máxima. Comandada pelo PCC. Agora José Dirceu quer ir para um oásis, pelo mesmo crime. Alckmin tem o poder de mandá-lo para o Presídio de Tremembé. Vamos ver de que matéria é feito o governador de São Paulo.
PSDB tem obrigação moral de dar a José Dirceu o mesmo tratamento que deu para a dona da Daslu. Lembra o que fizeram com a tua família, Geraldo Alckmin?
Logo depois de ter sido presa, a empresária Eliana Tranchesi foi levada para o IML (Instituto Médico Legal) e examinada por um médico. O procedimento no IML é padrão e tem a função de descobrir se a pessoa sofreu ou não algum tipo de abuso por parte dos policiais que a detiveram e também as condições de saúde do examinado. Assim que deixou o IML, Tranchesi foi levada para a Penitenciária Feminina da Capital, no Carandiru (zona norte de São Paulo).
Ao chegar à prisão, a empresária foi obrigada a trocar suas roupas pelo uniforme padrão das detentas: camiseta branca sem nenhum tipo de estampa e calça amarela ou cáqui. Normalmente, o calçado é o que a pessoa usava quando chegou ao presídio, mas sem os cadarços --para evitar que a presa os utilize para tentar se matar. Assim como todas as pessoas que são presas no sistema prisional de São Paulo, a dona da Daslu deve ficar dez dias em cela isolada. O lugar tem 6 m2. Nesse período, ela só poderá receber visitas de seus advogados de defesa e não conviverá com as demais detentas.
A Penitenciária Feminina da Capital tem 450 vagas e hoje abriga 810 mulheres -muitas presas por tráfico. É a mesma prisão na qual Suzane Louise von Richthofen, condenada pelo assassinato dos pais, foi mantida refém durante rebelião feita por presas ligadas ao PCC (Primeiro Comando da Capital). No motim, uma detenta foi morta. A Penitenciária Feminina da Capital, de acordo com agentes prisionais, é considerada um dos redutos femininos da organização criminosa no Estado.
A condenação máxima de 94,5 anos de prisão dada à empresária Eliana Tranchesi e seu irmão Antonio Carlos Piva de Albuquerque, ex-diretor da butique de luxo, foi motivada pelo fato de o grupo ser considerado uma quadrilha que cometeu crimes financeiros de forma habitual e recorrente, mesmo após a denúncia do Ministério Público Federal.
A explicação consta em sentença condenatória da 2ª Vara da Justiça Federal, em Guarulhos (Grande SP), assinada pela juíza Maria Isabel do Prado --a defesa da empresária já pediu habeas corpus. Apesar da condenação, no Brasil, ninguém pode permanecer preso por mais de 30 anos. Também foi preso Celso de Lima, da importadora Multimport (condenado a 53 anos). Dentro da megaoperação Narciso, deflagrada em 2005 pela PF e Receita, eles foram acusados de formação de quadrilha, falsidade ideológica e descaminho --importar ou exportar mercadoria sem os devidos pagamentos de impostos.
Ao todo são sete mandados de prisão expedidos, mas apenas três foram efetuados até agora. Roberto Fakhouri Junior (da importadora Kinsberg) está no exterior, enquanto André Beukers (Kinsberg), Rodrigo Nardy Figueiredo (Todos os Santos) e Christian Polo (By Brasil) ainda não foram localizados. Por meio de nota, a advogada de Tranchesi, Joyce Roysen, afirmou que a prisão da empresária é "excêntrica" e "inconstitucional". A defesa destaca que a prisão não poderia ter sido decretada porque a decisão da 2ª vara é de primeira instância e ainda cabe recurso. Para tentar a soltura imediata, a defesa também apresentará laudo médico que relata o estágio avançado do câncer da empresária.
De acordo com o procurador Matheus Baraldi Magnani, do Ministério Público Federal, a designação de organização criminosa faz com que os réus percam o direito de recorrer em liberdade, o que aconteceria no caso dos crimes cometidos pelo grupo. "Tanto que a maioria dos habeas corpus tentados até agora buscaram desqualificar essa posição", explica.
A Carta Capital, que hoje defende José Dirceu, não teve nenhuma consideração com Eliana Tranchesi, também condenada por formação de quadrilha.
Emir Sader, outro ícone da ética petista, também atacou as ligações da filha de Alckmin com a Daslu. Este foi um dos temas mais explorados na campanha de 2006.
Marco Aurélio Garcia, coordenador da campanha de Lula, emitiu nota atacando a esposa e a filha de Geraldo Alckmin, em 2006, pelas suas ligações com a Daslu.
Será que Alckmin vai oferecer um presídio "cinco estrelas" para José Dirceu?
A decisão sobre a prisão onde José Dirceu deverá cumprir pena é do governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin. Um dito popular diz que não se deve colocar cobra congelada debaixo do fogão. Quando ela aquecer, irá picar você, mortalmente. Tem o mesmo sentido da fábula da rã que atravessa o rio com o escorpião nas costas e que, após salvá-lo, é picada pelo animal peçonhento, que justifica: é da minha natureza. José Dirceu declara, publicamente, que continuará atacando o STF, a Liberdade de Imprensa e o Estado de Direito. Só por estas declarações, seu lugar é em prisão de segurança máxima. Vamos ver se este governador frouxo que São Paulo tem, que está sendo rendido diariamente pelo PCC, vai mandar José Dirceu para um oásis. Ou se vai mandar o criminoso para a jaula mais segura de São Paulo. Leia, abaixo, matéria de O Globo.
A decisão do local onde o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu poderá cumprir a pena em regime fechado será tomada pela Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo, mas o petista considera apresentar petição ao poder público com sugestões de unidades prisionais. Os amigos do ex-dirigente do PT dizem que ele está preparado para a prisão e que o tema já é debatido, ainda de maneira reservada. O objetivo da iniciativa é garantir a proteção do réu e a sua proximidade ao distrito onde reside, em Vinhedo (SP), direitos previstos na Lei de Execução Penal.
Na avaliação de integrantes da pasta estadual de Administração Penitenciária e de pessoas próximas ao petista, ouvidas pelo GLOBO, o mais provável é que ele cumpra a pena em centros de ressocialização, como o de Bragança Paulista e o de Limeira, cujas populações carcerárias estão abaixo da capacidade total de detentos. Por haver vagas, é mais provável que a administração pública acate uma solicitação da defesa do petista para essas unidades prisionais, que abrigam presos de baixa periculosidade e oferecem melhor estrutura.
— A defesa poderá sugerir locais, mas isso não é uma garantia, uma vez que a decisão é da administração pública. E, posteriormente, pode-se recorrer ao juiz de execuções — explica o jurista Luiz Flávio Gomes. Além de São Paulo, o Supremo Tribunal Federal (STF) poderá conferir a decisão da escolha da unidade prisional à Justiça de Brasília, hipótese que é avaliada, contudo, como pouco provável por juristas e criminalistas.
Em um bairro calmo, em que o principal ponto de referência é um cemitério, o centro de ressocialização de Bragança Paulista, a 58 km de Vinhedo, é considerado uma unidade modelo. O agente penitenciário Manuel Bento, que passou pelo Complexo do Carandiru, relata que nunca foi registrada uma fuga no local, que abriga 230 presos.
Na cadeia, os detidos têm acesso a bibliotecas, salas de aula e barbearia. Eles têm espaço para se exercitar e podem receber visitas nos fins de semana. O agente penitenciário afirma que o petista será bem recebido na unidade prisional, mas os vizinhos do local têm opinião diferente. — Nossa, dá medo. O meu medo é toda essa repercussão tirar a tranquilidade daqui —afirmou a professora Evelin Gomes dos Santos.
Em Limeira, a 83 km de Vinhedo, o centro de ressocialização é comparado a um hotel por moradores do município. A unidade é vizinha a um horto florestal, e os detidos não são confinados em celas. No local, os 99 prisioneiros dormem em alojamentos sem grades e têm acesso livre a um orelhão. A única reclamação é o barulho. Ao lado do local, funciona um kartódromo e uma pista de motocross. O administrador da pista de kart, Carlos Alberto Munhoz, relata que já promoveu uma prova com presos e que alguns deles já lhe prestaram serviços.— Eu vou colocá-lo para trabalhar aqui, para ele ver o que é difícil. Essa decisão deixa a gente animado com o Brasil e mostra que a corrupção pode ser combatida — afirmou.
Além dos centros de ressocialização, outra hipótese para o petista é o Complexo de Tremembé, a 140 km da capital paulista. A unidade prisional é apelidada de “Presídio de Caras”, por abrigar condenados de crimes de grande repercussão, como o jornalista Pimenta Neves e o advogado Alexandre Nardoni. A opção mais próxima de Vinhedo, contudo, é o Complexo de Hortolândia, a 45 km. A unidade penitenciária, que abriga mais que o dobro de detentos que a sua capacidade total e possui condições precárias de alojamento, não deverá ser escolhida para o petista.
16 de novembro de 2012
in coroneLeaks
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