Que alguém me explique como incentivar o sex lib, o feminismo, o movimento gay e a liberdade de culto ao mesmo tempo que se fomenta o avanço do fundamentalismo islâmico que promete matar todos os libertinos, feministas, gays, judeus e cristãos?
Pois é. Esse é um dos paradoxos dessa mixórdia que se chama
marxismo - ou no que ele se transformou - após o desmascaramento e queda do
socialismo ortodoxo como forma de governo no mundo inteiro.
Estranho é que aqui no Brasil essa nova “vertente” só tenha
tomado corpo agora, com décadas de atraso, e pior, tendo como símbolo e
principal incentivador um semi-analfabeto sem a menor noção do que ele mesmo
representa e do que seja ideologia - ou seja lá o nome que possam dar a essa
aberração.
Mas o Brasil é um país estranho mesmo. Começou a ficar
assim com Getúlio Vargas que, em quinze anos de ditadura, conseguiu atrasar o
país em pelo menos cinquenta e, apesar disso, é endeusado até hoje pela sua
política nacionalista e paternalista. A ele se deve essa estranha obsessão que o
brasileiro tem até hoje por empresas estatais. Muita gente boa, que se diz até
liberal, tem arrepios e convulsões quando se fala em privatização. A ele também
se deve a verdadeira salada ideológica que rege a nossa política, onde esquerda
e direita se confundem, se alinham e se aliam.
Getúlio fez um governo essencialmente de direita, a ponto
de imitar escancaradamente Mussolini, de quem copiou, inclusive, a legislação
trabalhista, vigente até hoje, por incrível que pareça. Não obstante, ele foi o
principal inspirador da “moderna” esquerda brasileira, através das crias que
deixou, como Jango e Brizola, que por pouco não meteram o país em uma guerra
civil. Não confundir essa nova, digamos, vertente com o pessoal do velho
partidão, que sempre azucrinou Vargas, que os perseguia incansavelmente.
Partindo dessa insensatez, é claro que a esquerda atual não
poderia dar em boa coisa mesmo e nem ser digna de ser levada a sério. O pessoal
do partidão pelo menos tinha dignidade e coerência que, de certa forma mantém
até hoje, muito embora sejam de um anacronismo e teimosia atrozes.
O resto,
liderado pelo Imperador de Caetés, desinventou o socialismo e criou um monstro
quimérico formado por getulistas com sérios desvios de conduta supostamente
justificados por suas posições políticas “de esquerda”, como se isso funcionasse
como habeas corpus para toda e qualquer roubalheira.
Estes, que nunca souberam
bem diferenciar a esquerda da direita nem mesmo na hora de botar o relógio no
pulso, órfãos de um muro que era seu ícone sagrado, sem mais o que fazer depois
que o socialismo deixou evidente ter sido um desastre para os países por onde
passou, resolveram abraçar as causas das minorias e, ao mesmo tempo, apoiar
regimes teocráticos abomináveis cuja principal característica é perseguir essas
mesmas minorias. Isso, além de uma absoluta falta do que fazer, é a demonstração
inconteste que essa turminha só usa a cabeça para separar as orelhas.
Vejam os judeus que, apesar de terem tido um papel
importantíssimo na Revolução Bolchevique e de contarem hoje com pouco mais de 13
milhões em todo o mundo, viraram os vilões da história, os algozes de “apenas”
1,5 bilhão de muçulmanos (115 para 1).
Vejam Cuba, um fracasso retumbante em
termos de tudo e uma ditadura que depois que a URSS se desmilinguiu e deixou de
mandar mesada e virou Chávez-dependente, que ainda é cantada em prosa e verso
pelos esquerdopatas como um paraíso terreno. E vejam os muitos outros absurdos
de conhecimento geral que saem pelas cloacas dessa gente. É desnecessário
relatá-los todos os que eu sei sob pena de um simples texto virar um compêndio.
Por favor, se alguém isento conseguir me explicar se há
lógica nessa mixórdia, que o faça. Agradeço penhoradamente.
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