Carlos Araújo: barrado no baile?
“Estou convicto de que a candidatura própria ao Governo do Estado será mais um passo importante para fortalecer o trabalhismo”, destaca Vieira da Cunha, deixando claro que se depender dele a aliança do PDT gaúcho com o PT do governador Tarso Genro não se repete em 2014.
Antes de distribuir a cópia da carta para a imprensa, Vieira encaminhou o original para Carlos Araújo. O texto deve ser interpretado como um rompimento com Araújo, que deixou o PDT no final do ano 2000, mas vinha ensaiando um retorno ao partido e trabalhando, junto com os netos do ex-governador Leonel Brizola, contra o presidente Carlos Lupi.
“Inicio esta carta aberta te repetindo o que disse pessoalmente quando te visitei: como seria bom, face a tua história de militância, te receber de volta ao partido de braços abertos! Infelizmente, porém, quanto mais leio tuas declarações, mais me convenço de que o teu retorno não seria construtivo para o nosso partido. Já temos inimigos na trincheira de sobra”, escreve Vieira, referindo-se à deputada Juliana Brizola e ao ministro Brizola Neto.
O dirigente do PDT prossegue: “Deixaste o partido no final dos anos 2000. uma pergunta se impõe: que legitimidade tem para criticar a direção do PDT alguém que se desfiliou há mais de 12 anos?”
Vieira então faz um histórico de sua trajetória no PDT, citando os principais fatos que envolveram o partido e qual foi a posição de Araújo. Ao abordar a vitória do prefeito José Fortunati, pergunta: “Onde estavam tu e os teus protegidos, notadamente a deputada Juliana? Não vi vocês em nenhum ato de campanha.
E conclui: “Apesar da omissão de pessoas como tu nos anos mais difíceis, o PDT cresce e se afirma cada vez mais como uma das principais forças político-partidárias do Rio Grande e do país. Temos um passado que nos orgulha e, com um presente de muito trabalho”, construiremos um futuro promissor para o trabalhismo. Quem viver, verá!”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O Plano B de Dilma Rousseff para a sucessão está fracassando. O PDT fecha as portas a Carlos Araújo. Assim, Dilma fica nas mãos de Lula e do PT. Se o ex-presidente mudar de idéia e decidir disputar a presidência, Dilma estará alijada da sucessão presidencial. E ponto final. (C.N.)
O7 de março de 2013
Valmor Stédile
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