Lula, como ele mesmo disse, vende caro as suas palestras. A afirmação é ampla, pois o valor pode ser caro para o contratante, mas principalmente para o país, tendo em vista os interesses nada republicanos do ex-presidente.
Lula acaba de dar uma destas caras palestras no Porto de Rio Grande, com cachê não revelado e proibição da presença da imprensa. O inusitado era o público convidado para ouvir as caras palavras do presidente lobista: 5 mil operários que trabalham nas obras do porto gaúcho. A palestra de Lula foi paga pelo consórcio, que reúne as empreiteiras Queiroz Galvão, Iesa Óleo e Gás e UTC Engenharia.
O valor destinado ao ex-presidente não foi fornecido pela empresa. Segundo a assessoria de imprensa da Quip, o sigilo fazia parte do contrato com Lula. Outra cláusula impedia o acesso de jornalistas ao canteiro de obras e condicionava qualquer informação sobre o evento à aprovação prévia do Instituto Lula.
O consórcio tem interesse na pressão que Lula pode exercer sobre o governo porque está participando da licitação das plataformas P-75 e P-77, realizadas pela Petrobras.
No governo gaúcho, é dada como certa a vitória da Quip em pelo menos uma das licitações. O valor dos contratos é de quase R$ 2 bilhões. O consórcio também pode receber de outras empresas contratos já existentes de sondas de perfuração que estão atrasadas. A Petrobras não quis comentar as declarações de Lula.
(Com informações de O Globo)
15 de maio de 2013
in coroneLeaks
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