"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 27 de junho de 2013

É BOM QUE A OPOSIÇÃO FAÇA O TEMA DE CASA EM RELAÇÃO AO PLEBISCITO. JÁ! SEM DEMORA!


A Oposição tem obrigação de preparar desde agora - e anunciá-las! - as questões que devem ser submetidas ao povo no plebiscito da Dilma. Ou verá a opinião pública ser completamente manipulada pela máquina de marketing do governo. E não venham com voto distrital neste momento! Façam perguntas que o povo entenda na primeira leitura. Isso de tipo de voto fica para a campanha, depois. Sugiram perguntas sobre prerrogativas do Executivo! Gastos secretos, criação de ministérios, medidas provisórias, fundos de pensão, estatais... Veja matéria abaixo da Folha de São Paulo.

A presidente Dilma Rousseff encaminhará na segunda-feira ao Congresso mensagem sugerindo a convocação de plebiscito sobre reforma política, na qual listará as perguntas que, em sua opinião, devem ser feitas aos eleitores. Até aqui, duas perguntas já estão certas: qual tipo de financiamento de campanhas a população prefere (público, privado ou misto) e o modelo de voto (distrital, distrital misto ou proporcional).
Para fechar a lista de questionamentos, Dilma receberá a partir de hoje representantes das bancadas do governo e da oposição.
O vice Michel Temer foi chamado para as reuniões, que terão a presença dos ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Aloizio Mercadante (Educação). Dilma falou também ontem por telefone com a presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Cármen Lúcia, sobre como e quando poderia ser realizada consulta. O governo trabalha com uma data no início da segunda quinzena de agosto. 

Antes, durante duas ou três semanas, seria feita campanha publicitária para esclarecer a população.A mensagem de Dilma será enviada aos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). A partir dela, será elaborado decreto legislativo, com a lista final de perguntas a ser definida pelo Congresso, que tem de aprovado pelos parlamentares.Os encontros com políticos começam hoje pela manhã entre Dilma e os presidentes de partidos. À tarde, ela se reunirá com líderes da Câmara e do Senado. 

Os oposicionistas afirmam que a reforma política é uma pauta imposta por Dilma que não responde às principais reivindicações das ruas. A pauta da oposição reúne 26 propostas como a redução pela metade no número de ministérios e cargos comissionados do governo e revogação do decreto que proíbe a divulgação dos gastos em viagens presidenciais. "A reforma política não pode esconder outros problemas que a população está vivendo", disse o senador Aécio Neves (PSDB-MG). 

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