"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 27 de junho de 2013

POSICIONAMENTOP POLÍTICO EM 3D


Não há como manter a taxionomia de politicagens do século passado. O que se acreditava ideal em outras épocas, vai de encontro a fracassos consecutivos tanto da esquerda quanto da direita.

Não existe regime ideal, muito menos uma mixagem de conceitos mal interpretados que geraram posicionamentos híbridos disfarçados de democratas, mas na verdade são agrupamentos de interesses dos modismos funcionais pela empolgação popular.

O discurso do “politicamente correto” é muito demagogo e se apoia numa valorização do pontual ao invés da fenomenologia dos problemas como um todo.

A postura anárquica, hoje vista como última alternativa, confunde-se com o inicio do caos social, pois, por não ter porta voz de posicionamento político, é muito vulnerável em relação ao seu conceito e ideologia.

Pensar que é possível definir a melhor escolha imediata está fora de cogitação. A grande possibilidade de conteúdo e acesso a informações cada vez mais interpretáveis, acelerou o processo de conscientização individualizada do critério da melhor escolha.

Por outro lado, esse processo é divisível pela semântica de uma ideologia partidária que não pode se posicionar apenas numa classe social, nem em todas as classes sociais ao mesmo tempo. A democracia é falha, pois é muito mal interpretada.

Quem tem uma condição social melhor não pode ser penalizado por isso e, quem tem a pior, também não pode ser vitimizado. As regras de distribuição devem obedecer a uma coerência com regras flexíveis. A grande problemática é que no Brasil a flexibilização se torna jogo de interesses.

É preciso uma reformulação sim, no condicionamento real da definição política. O herói do povo jamais pode ser sindicalizado, pois seus poderes não são usados em prol do interesse que quem o elegeu e sim da conta particular a pagar.

A solução por impulso não existe, há que realizar o exercício constante da holística do poder público e não entrar na zona de conforto.

27 de junho de 2013
Fabrizio Albuja é Jornalista e Professor Universitário.

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