"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 29 de janeiro de 2012

ANO NOVO, CONTAS E DÍVIDAS NOVAS

Encarar as contas típicas dos primeiros meses do ano – IPVA, IPTU, material escolar, matrículas, além do extrato do cartão de crédito, geralmente recheado com as compras de Natal – não é nada simples quando o 13º salário pode ser apenas uma vaga lembrança na conta corrente. Mas a situação pode se tornar ainda mais complicada se, além de todos esses cifrões, o consumidor ainda carrega o peso de dívidas não honradas em 2011.

A orientação da consultoria Serasa Experian é tentar um entendimento junto aos credores. Pelo Código de Defesa do Consumidor, ao ter uma dívida renegociada, a pessoa já tem seu nome retirado da lista de inadimplentes.

“Em tempos de Cadastro Positivo, o procedimento permite que este consumidor não só reabilite seu crédito como também comece a construir seu histórico positivo”, lembra o economista Carlos Henrique de Almeida, da Serasa Experian,.

O primeiro passo é listar as dívidas e identificá-las. O procedimento é importante porque algumas companhias descentralizam o serviço de cobrança, fazendo com que o cliente receba contatos de empresas diferentes sobre uma única conta em aberto. Em seguida o consumidor deve avaliar as propostas do acordo, levando em consideração o número de parcelas e os descontos oferecidos.

“Porém, o mais importante é saber se as novas dívidas que serão assumidas cabem no orçamento”, enfatiza o economista. “Isso porque renegociar uma conta já renegociada pode não ser tão simples.”

Segundo o especialista, o cliente não precisa aceitar a primeira proposta de pagamento apresentada pelo credor. “O consumidor deve fazer suas contas e apresentar contrapropostas realistas. Essa transparência será bem recebida por quem está cobrando”, aponta Carlos Henrique de Almeida, lamentando que geralmente o brasileiro se sinta constrangido em renegociar dívidas. “Mas é o procedimento correto. É a maneira mais viável de se reabilitar perante a economia e reingressar pela porta da frente no mercado de consumo.”

29 de janeiro de 2012
Paulo Peres

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