Enfim, a Polícia Federal vai investigar a lavagem de dinheiro no Tribunal do Trabalho no Rio
O Inquérito vai apurar se servidor que movimentou R$ 282,9 milhões, detectados pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras, órgão do Ministério da Fazenda) integrava organização criminosa instalada no Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro. Mas o nome do tal funcionário continua sendo mantido em sigilo, ninguém sabe o motivo.
A Polícia Federal vai investigar todas as transações financeiras – de 2002 até os dias de hoje. Os agentes federais trabalham com a hipótese de que um esquema criminoso, que envolveria uma quadrilha, opere dentro do TRT para lavar dinheiro.
O Coaf identificou, entre 2000 e 2010, 205 movimentações consideradas suspeitas de irregularidades entre servidores do Judiciário, familiares e magistrados. Este grupo de pessoas integra o universo de 216 mil nomes que foram remetidos ao órgão ligado ao Ministério da Fazenda pela Corregedoria Nacional de Justiça para avaliação de movimentações atípicas, investigação suspensa por decisão liminar do Supremo Tribunal Federal. As movimentações suspeitas são aquelas que, além de fugir à normalidade, levantam dúvidas concretas de cometimento de crime.
Na quarta-feira, os relatórios de inteligência financeira foram discutidos em audiência entre o presidente do Coaf, Antonio Gustavo Rodrigues, e o comando da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), entidade autora da ação que suspendeu no Supremo a investigação que vinha sendo feita no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
De acordo com AMB, a ministra Eliana Calmon, em despacho do dia 1º de dezembro de 2011, teria solicitado que se fizessem relatórios de inteligência financeira para avaliar todas as movimentações consideradas atípicas o que atingiria um total de 3.426 mil pessoas que movimentaram no período R$ 855 milhões.
O presidente do Coaf, entretanto, assegurou aos magistrados que nenhum relatório de inteligência foi produzido com base em requerimento do CNJ. Rodrigues salientou que os dados encaminhados à corregedoria tratam-se “de um cruzamento burro” que apenas identifica, sem qualquer análise aprofundada, movimentações que fogem a aparente normalidade.
Detalhe importantíssimo: diversos dirigentes da Associação dos Magistrados Brasileiros estão entre os investigados pelo CNJ. E não é preciso dizer mais nada.
Carlos Newton
21 de janeiro de 2012
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
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