Lá pelos anos 40/50 do século passado, um certo dia, cansado de ser chantageado e de pagar propina ao poder constituído, Don Corleone - il capo de tutti capi - tomou uma decisão que instituiu a relação do crime com o governo que foi adotada pelos países mais corruptos do mundo. Chamou seus mafiosos e disse:
- Chega de corromper deputados, senadores, juízes, promotores, sindicatos, governantes... Basta!
Houve um momento de certa perplexidade. Mas o Chefe logo explicou e justificou os novos tempos:
- Agora, nós também seremos deputados, senadores, juízes, promotores, donos de sindicatos e governantes.
Dito e feito. De lá para cá, o crime infiltrou-se nos poderes constituídos, nos organismos públicos e suas circunstâncias, onde se encontra até hoje gozando a maior dolce vita.
O sistema contaminou gerações e atravessou fronteiras. Chegou ao Brasil e logo infiltrou o espírito da Máfia no corpo do Estado. I la nave va.
26 de fevereiro de 2012
snatório da notícia
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
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