Todo cuidado é pouco: ministros militares são criticados pela submissão excessiva ao atual governo quando o assunto é a ditadura de 64.
O site de O Globo revela que os representantes dos clubes militares das Forças Armadas deixaram claro na última quinta-feira que estão incomodados com o posicionamento de ministros do governo Dilma Rousseff quando o assunto é a ditadura militar.
Em nota assinada por representantes de reservistas do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, os militares expressam a preocupação com as manifestações de auxiliares da Presidente sem que ela, como a mandatária maior da nação, venha a público expressar desacordo.
Os clubes citam três epísódios que justificariam a opinião de que o governo Dilma estaria se afastando do compromisso assumido durante a posse – o de que governaria para todos os brasileiros, “respeitando as diferenças de opinião, de crença e de orientação política”, como relembra a nota.
Além de uma entrevista da ministra da Secretaria dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, ao jornal Correio Brasiliense, o documento critica o discurso de posse da nova ministra da Secretaria de Política para Mulheres, Eleonora Menicucci – considerado muito crítico ao regime militar.
Diz a nota: “… teceu críticas exarcebadas aos governos militares e, se auto-elogiando, ressaltou o fato de ter lutado pela democracia (sic), ao mesmo tempo em que homenageava os companheiros que tombaram na refrega. A platéia aplaudiu a fala, incluindo a Sra Presidente. Ora, todos sabemos que o grupo ao qual pertenceu a Sra Eleonora conduziu suas ações no sentido de implantar, pela força, uma ditadura, nunca tendo pretendido a democracia”.
O documento também faz críticas ao conjunto de resoluções políticas aprovado por ocasião dos 32 anos do PT.
Segundo os militares, o item que diz que o PT estará empenhado junto com a sociedade no resgate da memória da luta pela democracia durante o período da ditadura militar “é uma falácia, posto que quando de sua criação o governo já promovera a abertura política, incluindo a possibilidade de fundação de outros partidos políticos, encerrando o bipartidarismo”.
NOTA AO PÉ DO TEXTO
É interessante observar o esforço de vender a idéia de que a luta armada contra o regime militar foi para devolver a democracia ao país, quando na verdade tratava-se apenas de uma tentativa malograda de substituir uma ditadura por outra, impondo o regime comunista. A história é clara, e está ao alcance de quem se interessar por conhecê-la.
O material é farto e mostra claramente as "boas" intenções dos "heróis democratas" que se lançaram numa aventura cega, movidos por partidos políticos clandestinos de velhas lideranças conhecidas.
m.americo
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
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