O comentarista Mario Assis oportunamente nos envia essa reportagem sobre
a reação na Espanha à reestatização da empresa petrolífera YFP, que havia sido
comprada pela espanhola Repsol no processo de privatização movido tempos atrás
pelo governo argentino.
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O deputado Alberto Garzón lembrou que a Repsol é controlada pelo capital estrangeiro, enquanto a coalizão espanhola Izquierda Unida (Esquerda Unida) classificava como “vergonhosa” a atuação do governo do país frente à retomada do controle da petrolífera YPF, filial da Repsol, pela Argentina.
Segundo Alberto Garzón, porta-voz econômico e IU, a decisão argentina não é um “ataque à Espanha”, já que a Repsol é uma entidade privada de “diversas nacionalidades”.
“A Repsol não é uma empresa tecnicamente espanhola”, lembrou Garzón, ao ressaltar que mais de 50% da multinacional é controlada pelo capital estrangeiro. Além disso, a empresa declara que apenas 25% do seu lucro total provêm da Espanha.
Para Garzón, a decisão da presidente argentina, Cristina Kirchner, de retomar 51% das ações da YPF não pode ser caracterizada como um conflito de interesses entre duas nações. “[É um conflito] entre os interesses nacionais da Argentina e os interesses econômicos de particulares de distintas nacionalidades – entre elas, em menor grau –, espanhóis”, completou o deputado.
A reestatização, continuou o deputado, “não é uma guerra dos trabalhadores espanhóis e por isso é uma vergonha que o governo saia em defesa dos interesses das grandes empresas que possuem um capital minoritário da Repsol, prejudicando os interesses nacionais de um país soberano como a Argentina”.
“É uma falácia considerar esta medida econômica como um ataque a Espanha. É uma compra legal, que pode ser subestimada, e que afeta os interesses de entidades empresariais e bancos, que não partilham os lucros com o resto da sociedade”, concluiu Garzón.
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AMEAÇAS
Logo após o anúncio de Cristina Kirchner em Buenos Aires, o governo espanhol e a Repsol reagiram com agressividade e ameaças. O ministro de Indústria da Espanha, José Manuel Soria, e o chanceler José Manuel García-Margallo, afirmaram que o país atuará contra a decisão com medidas “claras e contundentes”, que serão divulgadas ao longo dos próximos dias.
O ministro afirmou ainda que a decisão argentina “quebra o clima de cordialidade e amizade que sempre presidiu as relações”. Além disso, classificou como “hostil” a atitude do governo de Cristina Kirchner.
Por sua vez, o presidente da Repsol, Antonio Brufau, afirmou que a decisão da presidente argentina de retormar o controle da empresa petrolífera YPF “não ficará impune”, e que a indenização paga pelo governo argentino deverá ser de mais de 10 bilhões de dólares.
Cristina justificou sua decisão ao afirmar que o governo já previa retomar o controle da empresa por conta da queda de produção registrada pela YPF nos últimos meses. De acordo com a presidente, a filial da Repsol não recebia investimentos.
22 de abril de 2012
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O deputado Alberto Garzón lembrou que a Repsol é controlada pelo capital estrangeiro, enquanto a coalizão espanhola Izquierda Unida (Esquerda Unida) classificava como “vergonhosa” a atuação do governo do país frente à retomada do controle da petrolífera YPF, filial da Repsol, pela Argentina.
Segundo Alberto Garzón, porta-voz econômico e IU, a decisão argentina não é um “ataque à Espanha”, já que a Repsol é uma entidade privada de “diversas nacionalidades”.
“A Repsol não é uma empresa tecnicamente espanhola”, lembrou Garzón, ao ressaltar que mais de 50% da multinacional é controlada pelo capital estrangeiro. Além disso, a empresa declara que apenas 25% do seu lucro total provêm da Espanha.
Para Garzón, a decisão da presidente argentina, Cristina Kirchner, de retomar 51% das ações da YPF não pode ser caracterizada como um conflito de interesses entre duas nações. “[É um conflito] entre os interesses nacionais da Argentina e os interesses econômicos de particulares de distintas nacionalidades – entre elas, em menor grau –, espanhóis”, completou o deputado.
A reestatização, continuou o deputado, “não é uma guerra dos trabalhadores espanhóis e por isso é uma vergonha que o governo saia em defesa dos interesses das grandes empresas que possuem um capital minoritário da Repsol, prejudicando os interesses nacionais de um país soberano como a Argentina”.
“É uma falácia considerar esta medida econômica como um ataque a Espanha. É uma compra legal, que pode ser subestimada, e que afeta os interesses de entidades empresariais e bancos, que não partilham os lucros com o resto da sociedade”, concluiu Garzón.
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AMEAÇAS
Logo após o anúncio de Cristina Kirchner em Buenos Aires, o governo espanhol e a Repsol reagiram com agressividade e ameaças. O ministro de Indústria da Espanha, José Manuel Soria, e o chanceler José Manuel García-Margallo, afirmaram que o país atuará contra a decisão com medidas “claras e contundentes”, que serão divulgadas ao longo dos próximos dias.
O ministro afirmou ainda que a decisão argentina “quebra o clima de cordialidade e amizade que sempre presidiu as relações”. Além disso, classificou como “hostil” a atitude do governo de Cristina Kirchner.
Por sua vez, o presidente da Repsol, Antonio Brufau, afirmou que a decisão da presidente argentina de retormar o controle da empresa petrolífera YPF “não ficará impune”, e que a indenização paga pelo governo argentino deverá ser de mais de 10 bilhões de dólares.
Cristina justificou sua decisão ao afirmar que o governo já previa retomar o controle da empresa por conta da queda de produção registrada pela YPF nos últimos meses. De acordo com a presidente, a filial da Repsol não recebia investimentos.
22 de abril de 2012
Original em:
http://operamundi.uol.com.br
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