A nova presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Cármen Lúcia, que
não aceita ser chamada de “presidenta”, diz não ver impedimento em julgar o
processo do Mensalão durante o recesso do Judiciário, em julho, ou mesmo no
segundo semestre deste ano, quando o país estará em pleno processo
eleitoral.
Portanto, vai se definindo o quadro no Supremo, a respeito da necessidade de se fazer logo o julgamento do Mensalão, Até agora, temos cinco ministros a favor de apressar o caso, que está mais do que atrasado, pois os crimes mais leves já começaram a prescrever: Ayres de Brito, Gilmar Mendes, Cezar Peluso, Joaquim Barbosa e Carmem Lúcia.
Dois outros, Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski não demonstram o menor interesse em julgar logo o caso. Assim, ficam faltando se definir quatro ministros: Celso de Mello, Dias Tofolli, Luiz Fux e a nova Rosa Weber.
O governo e o PT pressionam Toffoli a participar do julgamento, embora na época do Mensalão ele fosse chefe da Advocacia-Geral da União e subordinado do então ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, um dos 38 réus no processo, de quem era (e continua sendo) amigo íntimo. Diante disso, Toffoli deveria se declarar suspeito para julgar o caso, conforme prometeu ao ser sabatinado no Senado, antes da nomeação, quando garantiu que se consideraria impedido em todas as questões envolvendo diretamente o PT e o governo. Mas promessas são apenas palavras… ao vento…
Com Toffoli a favor de atrasar o julgamento e deixar vir a prescrição dos crimes, o placar ficaria em 5 a 3, faltando Celso de Mello, Luiz Fux e Rosa Weber. Ou seja, se um deles for a favor de julgar logo, o caso estaria liquidado, pois com seis votos a favor, não há mais retorno.
Acontece que o Mensalão só poderá ser julgado quando o revisor, Ricardo Lewandowski, apresentar seu parecer. Ou seja, tudo está nas mãos dele. Entre todos os membros do Supremo, é o mais ligado a Lula, com amizade próxima, de família. No fim de semana, os jornais publicaram que ele terminará seu relatório ainda no primeiro semestre.
Se cumprir esse compromisso, tudo bem. Mas é sempre bom repetir que promessas são apenas palavras… ao vento…
23 de abril de 2012
Carlos Newton
Portanto, vai se definindo o quadro no Supremo, a respeito da necessidade de se fazer logo o julgamento do Mensalão, Até agora, temos cinco ministros a favor de apressar o caso, que está mais do que atrasado, pois os crimes mais leves já começaram a prescrever: Ayres de Brito, Gilmar Mendes, Cezar Peluso, Joaquim Barbosa e Carmem Lúcia.
Dois outros, Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski não demonstram o menor interesse em julgar logo o caso. Assim, ficam faltando se definir quatro ministros: Celso de Mello, Dias Tofolli, Luiz Fux e a nova Rosa Weber.
O governo e o PT pressionam Toffoli a participar do julgamento, embora na época do Mensalão ele fosse chefe da Advocacia-Geral da União e subordinado do então ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, um dos 38 réus no processo, de quem era (e continua sendo) amigo íntimo. Diante disso, Toffoli deveria se declarar suspeito para julgar o caso, conforme prometeu ao ser sabatinado no Senado, antes da nomeação, quando garantiu que se consideraria impedido em todas as questões envolvendo diretamente o PT e o governo. Mas promessas são apenas palavras… ao vento…
Com Toffoli a favor de atrasar o julgamento e deixar vir a prescrição dos crimes, o placar ficaria em 5 a 3, faltando Celso de Mello, Luiz Fux e Rosa Weber. Ou seja, se um deles for a favor de julgar logo, o caso estaria liquidado, pois com seis votos a favor, não há mais retorno.
Acontece que o Mensalão só poderá ser julgado quando o revisor, Ricardo Lewandowski, apresentar seu parecer. Ou seja, tudo está nas mãos dele. Entre todos os membros do Supremo, é o mais ligado a Lula, com amizade próxima, de família. No fim de semana, os jornais publicaram que ele terminará seu relatório ainda no primeiro semestre.
Se cumprir esse compromisso, tudo bem. Mas é sempre bom repetir que promessas são apenas palavras… ao vento…
23 de abril de 2012
Carlos Newton
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