"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 23 de abril de 2012

O SONHO ACABOU: O GOVERNO VAI BAIXAR O RENDIMENTO DA POUPANÇA

Reportagem de Victor Martins, no Correio Braziliense, mostra que duas minutas de Medida Provisória estão sobre a mesa do ministro da Fazenda, Guido Mantega, propondo mudança nas regras da caderneta de poupança.


A poupança tem rendimento fixado em lei de 6,17% ao ano mais a variação da taxa referencial (TR), incompatível com uma Selic de 8%, que serve de parâmetro para os ganhos nos fundos de renda fixa e DI, principais financiadores da dívida pública.


Na avaliação do governo, mexer na mais tradicional modalidade de investimentos do país tornou-se urgente para não comprometer a política de cortes da taxa básica de juros (Selic), que, desde agosto do ano passado, recuou 3,5 pontos percentuais, para 9% ao ano, devendo alcançar 8% até julho próximo.


Apesar do desconforto e do desgaste político que terá de enfrentar, sobretudo neste ano eleitoral, a presidente Dilma Rousseff está convencida de que chegou a hora de encarar as alterações na caderneta. Mudanças que evitarão um grande desarranjo no mercado financeiro e deixarão o Brasil mais parecido com o mundo civilizado.

23 de abril de 2012

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