As perguntas que mais escuto são se o Brasil vai ganhar e se vai organizar
uma ótima Copa do Mundo.
Imagino que os estádios estarão prontos, que serão confortáveis, bonitos, que
os aeroportos e outros meios de transporte vão melhorar – piorar não tem jeito
-, que os turistas serão bem-recebidos (o brasileiro é gentil), que não haverá
nenhuma catástrofe, e que a violência será menor que a habitual, já que os
baderneiros e os marginais, de rua e de colarinho branco, também gostam de
futebol. E ainda se acham patriotas. Nada será excepcional nem tão ruim.
Na África do Sul, mesmo com credencial de jornalista e ingresso, ninguém conseguiu, em um jogo, achar seu lugar marcado. Mais de uma vez, ficamos mais de uma hora para estacionar em volta do estádio, no lugar marcado. Cada funcionário dizia uma coisa.
Na Alemanha, vi jornalistas sentados no chão, trabalhando com seus computadores, porque não havia cadeira e mesa para todos.
O Ministério do Esporte e os membros do comitê da Copa não precisam ser presunçosos e dizer que o Brasil fará a melhor Copa da história. Basta fazer uma boa Copa.
De fortes empresários a ambulantes, todos querem faturar com a Copa. Duvido que a Fifa, dona do Mundial, mesmo garantida pela Lei Geral da Copa, evite a pirataria e a venda de produtos não credenciados.
Melhorar os caóticos aeroportos e outros meios de transporte não será legado deixado para a população. São obrigações do governo, que já deveria ter feito há muito tempo.
Problemas sempre existem em todos os países. Grave é anunciar que não haveria dinheiro público, o que não é verdade. Grave é subsidiar estádios particulares. Grave são os elefantes brancos, como os de Manaus, Natal, Brasília e Mato Grosso do Sul, onde não há um time na Série A do Brasileiro. Grave são as desapropriações de casas humildes, em volta de estádios que serão, depois, pouco usados. Grave são os atrasos nas obras, o que aumentam os custos e facilitam as falcatruas.
E o Brasil vai ganhar a Copa? Em casa e se melhorar, terá boas chances. Absurda é a tabela. Se o Brasil não chegar à final, o que hoje seria o esperado, não haverá um único jogo da seleção no Maracanã.
Em casa, não basta ganhar. O torcedor vai exigir excelente futebol. Vencer do jeito do Chelsea não será suficiente. O Barcelona perdeu seis claríssimas chances de gol. Mesmo assim, os analistas de resultados disseram que a defesa do Chelsea anulou o Barcelona.
###
CENTENÁRIO
O América, no dia 30, completa cem anos. Quando era menino, ia, com meu pai, assistir aos treinos e jogos do América. Conversava com os jogadores. Depois, íamos para o Café Pérola, ao lado da Praça Sete, lugar de encontro dos cornetas americanos. Enquanto tomavam café, criticavam e elogiavam técnicos, jogadores e árbitros.
Fui convidado para a festa do centenário, para ser homenageado, já que atuei nas categorias de base do clube. Era a melhor do futebol mineiro. Biju era o técnico. Infelizmente, não poderei comparecer. Viajo de férias, antes dessa data. Estou, há meses, com passagens e hotéis reservados e pagos. Não há como mudar. Fica aqui minha homenagem ao clube.
23 de abril de 2012
Tostão
Na África do Sul, mesmo com credencial de jornalista e ingresso, ninguém conseguiu, em um jogo, achar seu lugar marcado. Mais de uma vez, ficamos mais de uma hora para estacionar em volta do estádio, no lugar marcado. Cada funcionário dizia uma coisa.
Na Alemanha, vi jornalistas sentados no chão, trabalhando com seus computadores, porque não havia cadeira e mesa para todos.
O Ministério do Esporte e os membros do comitê da Copa não precisam ser presunçosos e dizer que o Brasil fará a melhor Copa da história. Basta fazer uma boa Copa.
De fortes empresários a ambulantes, todos querem faturar com a Copa. Duvido que a Fifa, dona do Mundial, mesmo garantida pela Lei Geral da Copa, evite a pirataria e a venda de produtos não credenciados.
Melhorar os caóticos aeroportos e outros meios de transporte não será legado deixado para a população. São obrigações do governo, que já deveria ter feito há muito tempo.
Problemas sempre existem em todos os países. Grave é anunciar que não haveria dinheiro público, o que não é verdade. Grave é subsidiar estádios particulares. Grave são os elefantes brancos, como os de Manaus, Natal, Brasília e Mato Grosso do Sul, onde não há um time na Série A do Brasileiro. Grave são as desapropriações de casas humildes, em volta de estádios que serão, depois, pouco usados. Grave são os atrasos nas obras, o que aumentam os custos e facilitam as falcatruas.
E o Brasil vai ganhar a Copa? Em casa e se melhorar, terá boas chances. Absurda é a tabela. Se o Brasil não chegar à final, o que hoje seria o esperado, não haverá um único jogo da seleção no Maracanã.
Em casa, não basta ganhar. O torcedor vai exigir excelente futebol. Vencer do jeito do Chelsea não será suficiente. O Barcelona perdeu seis claríssimas chances de gol. Mesmo assim, os analistas de resultados disseram que a defesa do Chelsea anulou o Barcelona.
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CENTENÁRIO
O América, no dia 30, completa cem anos. Quando era menino, ia, com meu pai, assistir aos treinos e jogos do América. Conversava com os jogadores. Depois, íamos para o Café Pérola, ao lado da Praça Sete, lugar de encontro dos cornetas americanos. Enquanto tomavam café, criticavam e elogiavam técnicos, jogadores e árbitros.
Fui convidado para a festa do centenário, para ser homenageado, já que atuei nas categorias de base do clube. Era a melhor do futebol mineiro. Biju era o técnico. Infelizmente, não poderei comparecer. Viajo de férias, antes dessa data. Estou, há meses, com passagens e hotéis reservados e pagos. Não há como mudar. Fica aqui minha homenagem ao clube.
23 de abril de 2012
Tostão
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