"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 16 de maio de 2012

DE UM CORONEL PARA UMA SENADORA TERRORISTA

    
          Internacional - América Latina        

Pelas situações vividas atualmente por quase todos os países sob a égide do Foro de São Paulo, se trocássemos os nomes do país e da senadora não perceberíamos que não se trata do Brasil.

A senadora Topolansky em suas declarações referentes às Forças Armadas demonstrou, além do permanente menosprezo pelas mesmas, o total desconhecimento sobre a essência de ser soldado.

Ela esquece que nossas Forças Armadas têm sua origem no Exército Artiguista, esse Exército que fundou a nação, esse mesmo Exército que ao longo da história esmagou todo o movimento que atentasse contra suas Instituições, viessem de onde viessem, com divisas ou sem divisas, com idéias nacionalistas ou ideologias estrangeiras, com verdadeiros caudilhos à frente ou com terroristas escondidos nas sombras que hoje pretendem erigir-se em tais.

Os integrantes das Forças Armadas, como estabelece o Artigo 58 da Constituição, estão A SERVIÇO DA NAÇÃO, e esse é o norte que determina suas ações, NÃO O RUMO QUE O GOVERNO DE TURNO LHE QUEIRA IMPOR.

Neste ponto é bom esclarecer o mesmo aos que hoje estão na oposição e esgrimem argumentos que historicamente não respeitaram quando foram governo, a esses mesmos que permanentemente as desprezaram, menos quando sentiram medo e foram procurá-las para encomendar-lhes a missão de derrotar a subversão. Eles que também procuraram partidarizar a Instituição com designações, cargos, ascensões, que não se assombrem agora.

O que todos devem ter claro é que a Instituição transcende aos homens e, embora pretendam semear discórdias, tentar ou inclusive conseguir a condescendência de algum de seus integrantes, a imensa maioria é MILITAR POR VOCAÇÃO, o que implica ABNEGAÇÃO, DESINTERESSE e fundamentalmente AMOR À PÁTRIA, qualidades que não se aprendem nos comitês políticos de que partido sejam.

É engraçado que a senadora esgrima como motivação de suas intenções o ocorrido na Venezuela, que não passou de uma fantochada montada para justificar o que veio depois, e que em seguida foi grosseiramente imitado por Correa no Equador. Menospreza a inteligência do “cascarriaje”[2], como denominava ao nosso povo em sua linguagem tupamaro.

Seria sumamente interessante, dado que tanto valorizam a Chávez, acompanhá-lo em sua proposta de desmontar a Comissão e a Corte Interamericana de Direitos Humanos, e que retirem o pedido de perdão a Gelman e recuperem a indenização. Ou será que a Frente Ampla só reconhece estes organismos internacionais, como os plebiscitos de nosso país, se favorecem seus interesses?
Para finalizar, porque não vale a pena estender-me mais, saiba senadora, a senhora e todo o sistema político, que as Forças Armadas deste bendito país, foram, são e continuarão sendo a última reserva moral da Nação, pese a quem pese, e além de situações conjunturais e de silêncios austeros, seu grande capital é o amor à Pátria e a permanente lembrança dos que morreram por defendê-la. Isso não se negocia, tenha-o presente.

Coronel Raúl Flores García

15 de maio de 2012

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=fy6cjsu7kPk



Notas da tradutora

[1] A senadora Lucía Topolansky é a esposa do presidente do Uruguai, José “Pepe” Mujica, ambos Tupamaros. Na década de 70 ambos praticaram incontáveis atos de terrorismo, falsificação de documentos, roubos, assassinatos de inocentes e “justiçamentos”. No vídeo que apresentamos abaixo, parte de um documentário feito pela Alemanha sobre o Movimento de Libertação Nacional Tupamaro, esta senadora confirma que aprovou a votação para “justiçar”, quer dizer, assassinar o norte-americano Dan Anthony Mitrioni, acusado pelos Tupamaros de ser “expert em contra-insurgência e torturador”.
Quando seu marido foi eleito, Topolansky afirmou em entrevista que não se arrependia de seu passado e que se fosse necessário pegaria em armas outra vez.

[2] “Cascarriaje” é uma palavra intraduzível, pois é um termo bem oriental (uruguaio) que se usa para definir pessoas de baixa reputação política e moral, e inclusive de posição social muito baixa que, por galgar postos na política de esquerda chegam a posições destacadas, onde deixam mal vistos o País e a Nação, por suas más educação e modos. Também significa a escória da sociedade onde estão os ladrões,os velhacos, gente sem moral.

[3] Apesar desse texto ter sido escrito por um coronel uruguaio e dirigir-se a uma Senadora da República daquele país vizinho, pelas situações vividas atualmente por quase todos os países sob a égide do Foro de São Paulo, se trocássemos os nomes do país e da senadora não perceberíamos que não se trata do Brasil. Só que muito dificilmente encontraremos um militar brasileiro com coragem suficiente para dizer isto em alto e bom som aos terroristas hoje no poder de nossa Nação. Uruguai, Paraguai, Chile, Argentina, - e por outras vias - Venezuela, Colômbia, Bolívia e Equador têm atualmente presidentes e congressistas “ex” terroristas que hoje perseguem, encarceram e condenam até a prisão perpétua Militares, Policiais e civis que sob o manto da Lei e obedecendo a Constituição de seus países, reprimiram a subversão e o terrorismo. Ontem heróis, hoje criminosos que devem ser retirados do convívio com a sociedade. Só o Brasil não quer abrir os olhos e os militares continuam dizendo que “aqui foi diferente”...

16 de maio de 2012
Tradução:
Graça Salgueiro

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