Nada como um dia após o outro. Depois de deixar clara a insatisfação com Marta Suplicy, que boicotou o ato de lançamento da campanha de Fernando Haddad no sábado, o PT mudou o tom e adotou discurso diplomático para tentar convencê-la a ajudar seu pré-candidato em São Paulo, segundo os repórteres Diógenes Campanha e Bernardo Mello Franco, da Folha.
No domingo, petistas fizeram críticas públicas à senadora e disseram não contar mais com ela na campanha. Mas na segunda-feira o ex-presidente Lula, o presidente nacional do partido, Rui Falcão, e o próprio Fernando Haddad passaram a elogiar a senadora e disseram ainda esperar seu apoio na eleição.
Após dois dias sem se manifestar, Marta divulgou nota na segunda-feira alegando não ter ido ao ato por causa de um “impedimento de caráter privado”, que se recusou a explicar. Na verdade, ela está dando o troco a Lula, que comanda o partido ditatorialmente, como se fosse Il Duce de Garanhuns.
Todos curvam a cabeça a Lula, ele faz o que bem entende, como se o partido lhe pertencesse. Mas a senadora Marta Suplicy, como o menino do genial conto “A roupa nova do rei”, de Hans Christian Andersen, de repente diz que o rei está nu.
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UMA MULHER DE CORAGEM
Não foi por mera coincidência que no próprio sábado, enquanto acontecia o encontro do PT, a equipe da senadora postou em seu site oficial um artigo intitulado “Travessia”, que abre com um poema de Fernando Pessoa.
“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos”.
E o texto concluia assim : “As certezas e os sonhos a serem descartados são o mais difícil na travessia. A isto se refere Fernando Pessoa em poucas linhas. Largar as roupas que nos levam aos mesmos lugares.”
Marta Suplicy é uma mulher de personalidade e de coragem, não há dúvida.
No domingo, petistas fizeram críticas públicas à senadora e disseram não contar mais com ela na campanha. Mas na segunda-feira o ex-presidente Lula, o presidente nacional do partido, Rui Falcão, e o próprio Fernando Haddad passaram a elogiar a senadora e disseram ainda esperar seu apoio na eleição.
Após dois dias sem se manifestar, Marta divulgou nota na segunda-feira alegando não ter ido ao ato por causa de um “impedimento de caráter privado”, que se recusou a explicar. Na verdade, ela está dando o troco a Lula, que comanda o partido ditatorialmente, como se fosse Il Duce de Garanhuns.
Todos curvam a cabeça a Lula, ele faz o que bem entende, como se o partido lhe pertencesse. Mas a senadora Marta Suplicy, como o menino do genial conto “A roupa nova do rei”, de Hans Christian Andersen, de repente diz que o rei está nu.
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UMA MULHER DE CORAGEM
Não foi por mera coincidência que no próprio sábado, enquanto acontecia o encontro do PT, a equipe da senadora postou em seu site oficial um artigo intitulado “Travessia”, que abre com um poema de Fernando Pessoa.
“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos”.
E o texto concluia assim : “As certezas e os sonhos a serem descartados são o mais difícil na travessia. A isto se refere Fernando Pessoa em poucas linhas. Largar as roupas que nos levam aos mesmos lugares.”
Marta Suplicy é uma mulher de personalidade e de coragem, não há dúvida.
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