Começou o julgamento mais esperado da China em muitos anos. E terminou. Em sete horas, numa admirável demonstração de eficiência, a justiça chinesa cuidou do caso de Gu Kailai, mulher de Bo Xilai, um carismático líder chinês que parecia se encaminhar para o topo do poder na China até um crime sensacional surgir em seu caminho. Foi por este crime – o assassinato de um homem de negócios britânico, Neil Heywood, no final do ano passado – que Gu foi julgada.
Ela foi declarada assassina. A sentença será divulgada em breve. Os especialistas em China apostam que ela vai escapar da morte para passar uma temporada de talvez quarenta anos na prisão.
A razão para que ela não seja executada é uma informação que surgiu nos últimos dias. Gu, segundo sua defesa, matou Heywood para defender seu filho. Ela temia, de acordo com a mídia chinesa, que Heywood o matasse. Heywood, Gu e seu filho tinham uma sociedade em negócios obscuros, e em determinado momento emergiram conflitos em torno da divisão dos lucros. Até aqui, Heywood era tratado apenas como uma vítima. Não mais.
Gu, o marido Bo e Heywood
O crime foi espetacular. O cenário foi um hotel numa região que fora governada por Bo, Chongqing. Ali ele criara fama de um político modernizador — e enérgico o suficiente para derrotar as máfias que dominavam Chongqing.
A versão mais crível dos acontecimentos parece saída da mente de Agata Christie. Heywood recebeu a visita de Gu no quarto em que estava hospedado. Ela estava acompanhada de um empregado da família – também julgado e declarado assassino. Heywood bebeu além da conta, provavelmente induzido. Bêbado, pediu água. Gu e seu empregado aproveitaram a ocasião para forçá-lo a engolir veneno.
Inicialmente, a polícia afirmou que a morte se dera por excesso de bebida. Depois, sob pressão britânica, a investigação foi retomada – e então vieram os fatos que puseram fim sensacionalmente à carreira de Bo Xilai.
Em vídeos, vi depoimentos de diversos chineses que formam a chamada voz rouca das ruas. O ponto destacado por muitos é que ficou claro que ninguém está acima da lei no país.
Era provavelmente esta a mensagem que o governo da China queria transmitir aos chineses – e ao mundo. Conseguiu.
Ela foi declarada assassina. A sentença será divulgada em breve. Os especialistas em China apostam que ela vai escapar da morte para passar uma temporada de talvez quarenta anos na prisão.
A razão para que ela não seja executada é uma informação que surgiu nos últimos dias. Gu, segundo sua defesa, matou Heywood para defender seu filho. Ela temia, de acordo com a mídia chinesa, que Heywood o matasse. Heywood, Gu e seu filho tinham uma sociedade em negócios obscuros, e em determinado momento emergiram conflitos em torno da divisão dos lucros. Até aqui, Heywood era tratado apenas como uma vítima. Não mais.
Gu, o marido Bo e Heywood
O crime foi espetacular. O cenário foi um hotel numa região que fora governada por Bo, Chongqing. Ali ele criara fama de um político modernizador — e enérgico o suficiente para derrotar as máfias que dominavam Chongqing.
A versão mais crível dos acontecimentos parece saída da mente de Agata Christie. Heywood recebeu a visita de Gu no quarto em que estava hospedado. Ela estava acompanhada de um empregado da família – também julgado e declarado assassino. Heywood bebeu além da conta, provavelmente induzido. Bêbado, pediu água. Gu e seu empregado aproveitaram a ocasião para forçá-lo a engolir veneno.
Inicialmente, a polícia afirmou que a morte se dera por excesso de bebida. Depois, sob pressão britânica, a investigação foi retomada – e então vieram os fatos que puseram fim sensacionalmente à carreira de Bo Xilai.
Em vídeos, vi depoimentos de diversos chineses que formam a chamada voz rouca das ruas. O ponto destacado por muitos é que ficou claro que ninguém está acima da lei no país.
Era provavelmente esta a mensagem que o governo da China queria transmitir aos chineses – e ao mundo. Conseguiu.
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