Ângela Guadagnin tenta reeleição como vereadora e reforça que ‘o mensalão não existiu’
12 de agosto de 2012
Guilherme Amado, O GLOBO
BRASÍLIA - Era quase uma hora da madrugada do dia 23 de março de 2006 quando uma senhora grisalha, de vestido amarelo e óculos de grau deixou sua cadeira no plenário da Câmara dos Deputados e, sambando, comemorou a absolvição do colega João Magno, então deputado pelo PT de Minas Gerais.
Hoje, ele é réu do mensalão, com a defesa prevista para a próxima terça-feira. Já Ângela Guadagnin, que dançou e se tornou um dos símbolos do escândalo, tenta a reeleição como vereadora de São José dos Campos. Afirma ter se arrependido e reforça a máxima de nove entre dez petistas: “O mensalão não existiu”.
— Sou uma pessoa muito espontânea. Danço, canto, falo alto, abraço as pessoas. Essa manifestação de carinho, eu presto a qualquer momento. Mas, depois de ver todo o envolvimento que a mídia fez com o meu nome, acabo tendo mais cuidado — conta Ângela.
Pessoas próximas à ex-deputada dizem que ela teme o impacto que o julgamento do mensalão possa ter em sua campanha. Em 2006, referiu-se ao episódio na Câmara como uma “caminhadinha saltitante”.
Foi xingada nas ruas e chegou a renunciar à cadeira que ocupava no Conselho de Ética. De início, levou os ataques para o lado pessoal. Aos poucos, diz ter percebido que o alvo era o PT:
— Só aí superei tudo aquilo — lembra.
Em São José dos Campos, até adversários políticos preferiram deixar o episódio de lado e dizem que houve acordo para não explorá-lo.
— Ela já estava tão estraçalhada que a gente percebeu que não precisava cutucar a ferida. É um acordo tácito — define um vereador de um partido adversário.
Hoje, ele é réu do mensalão, com a defesa prevista para a próxima terça-feira. Já Ângela Guadagnin, que dançou e se tornou um dos símbolos do escândalo, tenta a reeleição como vereadora de São José dos Campos. Afirma ter se arrependido e reforça a máxima de nove entre dez petistas: “O mensalão não existiu”.
— Sou uma pessoa muito espontânea. Danço, canto, falo alto, abraço as pessoas. Essa manifestação de carinho, eu presto a qualquer momento. Mas, depois de ver todo o envolvimento que a mídia fez com o meu nome, acabo tendo mais cuidado — conta Ângela.
Pessoas próximas à ex-deputada dizem que ela teme o impacto que o julgamento do mensalão possa ter em sua campanha. Em 2006, referiu-se ao episódio na Câmara como uma “caminhadinha saltitante”.
Foi xingada nas ruas e chegou a renunciar à cadeira que ocupava no Conselho de Ética. De início, levou os ataques para o lado pessoal. Aos poucos, diz ter percebido que o alvo era o PT:
— Só aí superei tudo aquilo — lembra.
Em São José dos Campos, até adversários políticos preferiram deixar o episódio de lado e dizem que houve acordo para não explorá-lo.
— Ela já estava tão estraçalhada que a gente percebeu que não precisava cutucar a ferida. É um acordo tácito — define um vereador de um partido adversário.
12 de agosto de 2012
Guilherme Amado, O GLOBO
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