Dois ministros do Supremo Tribunal Federal já foram apanhados cochilando em
pleno julgamento do mensalão – Gilmar Dantas e o próprio relator Joaquim
Barbosa. E não é para menos. à exceção de Dias Toffoli, os demais ministros são
idosos, alguns já chegando aos 70 anos. Quem aguenta tanta falação, depois do
almoço?
E agora, com os julgamentos transmitidos ao vivo pela TV e acompanhados obrigatoriamente por milhares de jornalistas Brasil afora, os advogados se deixam consumir na fogueira das vaidades, os discursos chegam a ser constrangedores. Com raras exceções, os ilustres causídicos fazem questão de ocupar o tempo inteiro de que dispõem – uma hora para cada um…
E tome peroração, numa rotina implacável. Cada advogado quer brilhar mais do que o outro, comportam-se como se a sustentação oral fosse decisiva para o resultado do julgamento, quando na verdade pouco representa.
Os onze ministros vão julgar segundo os autos. Para eles, o que vale são as denúncias da Procuradoria e as defesas escritas dos réus. A sustentação oral funciona mais como uma forma de democratizar e dar transparência à Justiça.
Os cinegrafistas da TV Justiça, responsáveis pela cobertura do importante evento, evitam enquadrar os ministros aparentando cansaço no julgamento do mensalão. Mas acontece que o plenários está repleto de fotógrafos de jornais e revistas, que agem implacavelmente, prontos a documentar qualquer sinal de fraqueza, digamos assim.
Em artigo na Folha, Joaquim Falcão comenta que o regimento do Conselho Nacional de Justiça permite que conselheiros façam perguntas aos advogados. Como os ministros Dias Toffoli e Joaquim Barbosa já fizeram. A Suprema Corte americana também interroga advogados.
Falcão sustenta que sustentações orais deveriam ser diálogos esclarecedores entre ministros e advogados. E não monólogos de verdades solitárias. Ninguem aguenta mais tanta exibição dos advogados.
12 de agosto de 2012
Carlos Newton
E agora, com os julgamentos transmitidos ao vivo pela TV e acompanhados obrigatoriamente por milhares de jornalistas Brasil afora, os advogados se deixam consumir na fogueira das vaidades, os discursos chegam a ser constrangedores. Com raras exceções, os ilustres causídicos fazem questão de ocupar o tempo inteiro de que dispõem – uma hora para cada um…
E tome peroração, numa rotina implacável. Cada advogado quer brilhar mais do que o outro, comportam-se como se a sustentação oral fosse decisiva para o resultado do julgamento, quando na verdade pouco representa.
Os onze ministros vão julgar segundo os autos. Para eles, o que vale são as denúncias da Procuradoria e as defesas escritas dos réus. A sustentação oral funciona mais como uma forma de democratizar e dar transparência à Justiça.
Os cinegrafistas da TV Justiça, responsáveis pela cobertura do importante evento, evitam enquadrar os ministros aparentando cansaço no julgamento do mensalão. Mas acontece que o plenários está repleto de fotógrafos de jornais e revistas, que agem implacavelmente, prontos a documentar qualquer sinal de fraqueza, digamos assim.
Em artigo na Folha, Joaquim Falcão comenta que o regimento do Conselho Nacional de Justiça permite que conselheiros façam perguntas aos advogados. Como os ministros Dias Toffoli e Joaquim Barbosa já fizeram. A Suprema Corte americana também interroga advogados.
Falcão sustenta que sustentações orais deveriam ser diálogos esclarecedores entre ministros e advogados. E não monólogos de verdades solitárias. Ninguem aguenta mais tanta exibição dos advogados.
12 de agosto de 2012
Carlos Newton
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