O ensino público
fundamental e médio, com raras exceções, agoniza no país.
São escolas desaparelhadas.
Professores mal pagos (recebem, em média, os mais baixos salários do funcionalismo).
E alunos desestimulados.
Diante desse triste quadro, fica evidente que não há como as vítimas do nós pega o peixe competirem com estudantes de colégios particulares por uma vaga nas universidades federais.
Logo, a solução seria investir na melhoria da rede oficial.
Óbvio? No Brasil, não.
É o que mostra projeto aprovado pelo Senado na terça-feira.
Agora, falta apenas a sanção da presidente Dilma para que vire lei e, a partir de 2013, 50% das vagas nas federais sejam destinadas a quem cursou todo o ensino médio em escolas públicas. Não importa que a nota deles seja inferior à de alunos igualmente pobres de uma instituição privada.
Danem-se os pais que trabalham feito loucos para propiciar uma educação de qualidade ao filho.
Quem mandou se comportar como burguês?
Saber?
Conhecimento?
Boa Formação?
Esqueça.
O que vale hoje no Brasil, cada vez mais, é a demagogia que rende votos.Se o que se pretende é reduzir as desigualdades sociais no ensino superior, que o governo transforme a educação em prioridade e invista pesado na qualidade do ensino fundamental e médio.
Vai ser difícil fazer isso da noite pro dia?
Vai.
Então, enquanto essa revolução não vem, que tal bancar cursinhos pré-vestibulares para alunos da rede pública? Um das fontes de financiamento pode ser a cobrança de mensalidade (com valor de mercado) dos ricos que hoje estudam de graça nas federais. Nada mais justo, não é não?Em suma:
deixem de demagogia.
Querem ver sobrar dinheiro para melhorar a educação?Parem com a sangria ao erário:
as indecentes mordomias dos políticos, o repasse de verbas aos partidos, a indústria das festas...
E, sobretudo, instituam penas duríssimas contra o desvio de recursos dos cofres públicos. Dados da Transparência Internacional e da Fiesp apontam o Brasil como o país onde os corruptos mais roubam no mundo:
R$ 70 bilhões anuais.Sejam implacáveis com esses ladrões.
E verão que nunca antes na história deste país vai haver tanto dinheiro para reduzir as desigualdades.
Plácido Fernandes Vieira Correio Braziliense
São escolas desaparelhadas.
Professores mal pagos (recebem, em média, os mais baixos salários do funcionalismo).
E alunos desestimulados.
Diante desse triste quadro, fica evidente que não há como as vítimas do nós pega o peixe competirem com estudantes de colégios particulares por uma vaga nas universidades federais.
Logo, a solução seria investir na melhoria da rede oficial.
Óbvio? No Brasil, não.
É o que mostra projeto aprovado pelo Senado na terça-feira.
Agora, falta apenas a sanção da presidente Dilma para que vire lei e, a partir de 2013, 50% das vagas nas federais sejam destinadas a quem cursou todo o ensino médio em escolas públicas. Não importa que a nota deles seja inferior à de alunos igualmente pobres de uma instituição privada.
Danem-se os pais que trabalham feito loucos para propiciar uma educação de qualidade ao filho.
Quem mandou se comportar como burguês?
Saber?
Conhecimento?
Boa Formação?
Esqueça.
O que vale hoje no Brasil, cada vez mais, é a demagogia que rende votos.Se o que se pretende é reduzir as desigualdades sociais no ensino superior, que o governo transforme a educação em prioridade e invista pesado na qualidade do ensino fundamental e médio.
Vai ser difícil fazer isso da noite pro dia?
Vai.
Então, enquanto essa revolução não vem, que tal bancar cursinhos pré-vestibulares para alunos da rede pública? Um das fontes de financiamento pode ser a cobrança de mensalidade (com valor de mercado) dos ricos que hoje estudam de graça nas federais. Nada mais justo, não é não?Em suma:
deixem de demagogia.
Querem ver sobrar dinheiro para melhorar a educação?Parem com a sangria ao erário:
as indecentes mordomias dos políticos, o repasse de verbas aos partidos, a indústria das festas...
E, sobretudo, instituam penas duríssimas contra o desvio de recursos dos cofres públicos. Dados da Transparência Internacional e da Fiesp apontam o Brasil como o país onde os corruptos mais roubam no mundo:
R$ 70 bilhões anuais.Sejam implacáveis com esses ladrões.
E verão que nunca antes na história deste país vai haver tanto dinheiro para reduzir as desigualdades.
Plácido Fernandes Vieira Correio Braziliense
10 de agosto de 2012
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