Há alguns dias observo, na esquina da rua Aristides Espíndola – onde mora o governador Cabral – com a avenida Delfim Moreira, a presença de jovens que se revezam, empunhando cartazes com críticas ao Cabral. É um protesto legítimo, ordeiro e pacífico. Não há nos cartazes palavras ofensivas.
Hoje resolvi conversar com o jovem que lá estava. Disse-me ele que se trata de um grupo que vem organizando eventos e manifestações, pareceu-me nos moldes do Occupy Wall Street muito mais modesto, para denunciar desmandos e corrupção nas práticas políticas.
Entregou-me um papel, xerocopiado e simples, que eles distribuem, denunciando “Aumentos abusivos de tarifas de transporte, descaso com a educação, sucateamento da saúde pública, isençao de impostos para conhecidos e bordeis, um bilhão e meio em contratos fraudulentos de obras públicas…
E, ainda dizem que o vagabundo sou eu por dizer que não saio daqui sem que este monstro seja preso”. Tem a foto do Cabral ao lado do texto.
No pouco tempo em que conversei com o rapaz, muitos carros que passavam buzinavam e os motoristas faziam acenos positivos com as mãos.
Não identifiquei ligações político-partidárias ideológicas no movimento.
Disse-me também o jovem que nesta madrugada – eles ficam lá dia e noite – uns “seguranças” do Cabral os ameaçou, perguntando se ele não tinha medo de morrer. Nesta esquina há, permanentemente, uma viatura da PM.
Considero um bom exemplo de exercício da cidadania.
Espalhe!
Mário Assis
02 de agosto de 2012
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