Em 85, dois candidatos disputavam a Prefeitura de Aracaju, Sergipe: Jackson Barreto (PMDB, PFL, PCdoB) e Marcelo Deda (PT). O PDT resolveu lançar candidato próprio. Foi buscar um jovem professor de Direito, de óculos, cabelos negros e cheios, barba negra e cheia.
Ele dizia que sua candidatura era um “laboratório de dignidade, decência e moralidade na política sergipana, um jeito novo de fazer política”. E era. E, porque era, começou a crescer e a incomodar. E tanto cresceu que passou a ameaçar.
Logo o Jackson Barreto, candidato das elites locais, reunidas na Aliança Democrática, pediu socorro ao Tribunal Regional Eleitoral, que atendeu e cassou a candidatura do jovem professor cabeludo e barbudo, alegando “entraves burocráticos no registro da candidatura”.
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AYRES BRITTO
A direção estadual do PDT saudou publicamente a vitória do cassador, do algoz de seu candidato, que, indignado, saiu do partido com seu grupo e foi para o PT: ele, João Fontes (depois, deputado federal do PSOL, um dos expulsos do PT com a senadora Heloísa Helena), Marcelo Ribeiro (depois, deputado estadual do PT, hoje fora do partido), e outros.
Em 86, o PT de Sergipe preparou sua chapa para a Assembléia com Marcelo Deda (hoje governador de Sergipe), José Eduardo Dutra (depois senador e presidente da Petrobrás), Marcelo Ribeiro e o jovem professor cabeludo e barbudo, que continuou no partido, mas decidiu não disputar mais eleição e voltar a dedicar-se inteiramente a seus estudos, cursos e aulas de Direito. Os dois Marcelos se elegeram e Eduardo Dutra perdeu.
O jovem professor cabeludo e barbudo chamava-se Carlos Ayres Britto. É o presidente do Supremo Tribunal que hoje comanda o julgamento do mensalão, até agora com exemplar isenção e imparcialidade.
Ele dizia que sua candidatura era um “laboratório de dignidade, decência e moralidade na política sergipana, um jeito novo de fazer política”. E era. E, porque era, começou a crescer e a incomodar. E tanto cresceu que passou a ameaçar.
Logo o Jackson Barreto, candidato das elites locais, reunidas na Aliança Democrática, pediu socorro ao Tribunal Regional Eleitoral, que atendeu e cassou a candidatura do jovem professor cabeludo e barbudo, alegando “entraves burocráticos no registro da candidatura”.
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AYRES BRITTO
A direção estadual do PDT saudou publicamente a vitória do cassador, do algoz de seu candidato, que, indignado, saiu do partido com seu grupo e foi para o PT: ele, João Fontes (depois, deputado federal do PSOL, um dos expulsos do PT com a senadora Heloísa Helena), Marcelo Ribeiro (depois, deputado estadual do PT, hoje fora do partido), e outros.
Em 86, o PT de Sergipe preparou sua chapa para a Assembléia com Marcelo Deda (hoje governador de Sergipe), José Eduardo Dutra (depois senador e presidente da Petrobrás), Marcelo Ribeiro e o jovem professor cabeludo e barbudo, que continuou no partido, mas decidiu não disputar mais eleição e voltar a dedicar-se inteiramente a seus estudos, cursos e aulas de Direito. Os dois Marcelos se elegeram e Eduardo Dutra perdeu.
O jovem professor cabeludo e barbudo chamava-se Carlos Ayres Britto. É o presidente do Supremo Tribunal que hoje comanda o julgamento do mensalão, até agora com exemplar isenção e imparcialidade.
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