"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 30 de setembro de 2012

NO DIA EM QUE DOIS DIRIGENTES DA OPOSIÇÃO SÃO ASSASSINADOS NA VENEZUELA PELOS BATE-PAUS DO CHAVISMO, A FOLHA DE S. PAULO PUBLICA ARTIGOS DE APOIO A CHÁVEZ. VERGONHOSO!



Bem no dia em que os bate-paus do tirano Hugo Chávez assassinaram dois dirigentes da campanha do opositor Henrique Capriles, a Folha de São Paulo deste domingo não faz nem mesmo questão de dissimular a sua idiotia comunista.

Tece loas ao tirano Hugo Chávez, que dirige a Venezuela na ponta das baionetas e onde o banditismo não só é tolerado, como incentivado pela canalha bolivariana.

A Venezuela sob o desgoverno de Hugo Chávez se transformou num dos países mais violentos do mundo. O ódio é a lei do chavismo.

Chávez fechou a melhor emissora de televisão da Venezuela, a RCTV e mais cerca de 40 emissoras de rádio. Nos calabouços do SEBIN, a polícia política do chavismo, mofam presos políticos.

Chávez mantém prisioneira a juiza Afiune. Há milhares de venezuelanos exilados em vários países do mundo, havendo inclusive nos Estados Unidos uma Organizaçao dos Venezuelanos Exilados (Orvex), com sede em Miami.

Chávez fechou o Senado, criou uma Assembléia Nacional por ele controlada. Persegue jornalistas e a liberdade de imprensa é concedida, por enquanto, a meia dúzia de veículos de comunicação como um favor.

A vitória eventual de Chávez para o terceiro mandato será a pá de cal no que resta de democracia nesse país.
Quem acompanha o noticiário político latino-americano sabe disso tudo.

Portanto, é vergonhoso que a Folha de São Paulo publique matérias mentirosas a respeito de Chávez e da política da Venezuela. Que feche os olhos para a brutal iniquidade que vive aquele país sob o tacão de um tirano vulgar e malcriado, que agride de forma rasteira a oposição democrática em suas cadeias e rádio de televisão.

Os veículos de comunicação venezuelanos são obrigados por lei criada sob o tacão do tiranete a transmitir os impropérios e toda a selvageria de Hugo Chávez.

Agora há pouco Chávez começou a torrar as reservas em ouro do país. Logo a Venezuela que possui hoje a maior reserva de petróleo do mundo e o cofre do governo está vazio! Chávez é um monstrengo, um tirano, um ditador cucaracha que haverá de ser derrotado. Se não for pelo voto será pelo câncer. Fuerza tumor!

Os artigos aos quais me refiro e que estão na Folha de S. Paulo deste domingo são infames: Um é cometido pelo Clóvis Rossi, o outro, por uma tal de Flávia Marreiro que, ao final ainda se reporta ao assassinato dos dois oposicionistas, segundo ela fruto de um confronto. Eu sei.


Não reproduzo aqui os textos citados para não sujar este blog. Por certo neste domingo já estejam disponíveis no site do jornal, onde vocês poderão conferir.

Concluo lembrando que em post mais abaixo há um artigo do escritor mexicano Enrique Krauze, intitulado "Carta a um Chavista".

No texto introdutório observo que não há atualmente nenhum jornalista e escritor brasileiro com o estofo intelectual de Krauze, e muito menos com a sua honestidade intelectual.
As exceções vocês conhecem e são rarefeitas. Postei esse artigo na tarde deste sábado. Enquanto isso na redação da Folha de São Paulo era fechada a edição de domingo do jornal. Modéstia parte, acertei no alvo.

Sinto-me completamente à vontade para fazer esta crítica. Sim, porque a Folha de São Paulo sabe perfeitamente que no dia em que esse jornal sofrer qualquer tipo de censura serei o primeiro a me insurgir e a defendê-lo, o que farei em relação a qualquer outro veiculo de comunicação que seja violentado pelos inimigos da liberdade de imprensa.

Um desses inimigos é o Sr. Hugo Chávez.
 
30 de setembro de 2012
in aluizio amorim

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