Vamos combinar?
Que tal agora, após o pronunciamento da Justiça que transitará em julgado (sem apelações), por ter sido proferido pela mais alta corte do Brasil, passarmos a chamar as coisas pelo nome?
Sai o deputado João Paulo e entra o corrupto condenado João Paulo.
Sai o empresário Marcos Valério e entra o bandido Marcos Valério.
Onde se lê “recursos não contabilizados”, leia-se simplesmente roubo!
Mas, antes de mais nada, deletemos o uso da palavra “suposto” para qualificar o que é a mais absoluta verdade.
É cansativo ler que existia um suposto esquema de compra de votos. Nada disso: existiu um esquema criminoso de compra de votos!
Boa parte da imprensa parece buscar, em nome de uma pretensa imparcialidade, o que seria um distanciamento dos fatos. Isso é saudável até que se comece a agredir os fatos em nome desta falsificação ausente de todos os manuais de redação.
Excesso de cautela também pode ser sinônimo de discordância. Ou mesmo de covardia.
Nós, leitores, exigimos que os meios de comunicação sejam informativos. Pedir que jornalistas relatem fatos é estranho. Mas, infelizmente, necessário.
Sei que os “blogueiros progressistas” e os membros do PIG (Partido da Imprensa Governamental) jamais deixarão de usar o “suposto”. É o que resta a quem compactuou e protegeu uma camarilha de bandidos que sempre soubemos existir.
Mas a imprensa séria que, provavelmente por excesso de zelo, insiste em expressões como “suposto mensalão”, “suposto participante” ou “suposto desvio de verbas públicas” está obrigada – pelos fatos! – a revogar o termo que inspira dúvidas.
Não há nada suposto! Há fatos comprovados. E julgados como tal.
Espero que aprendamos, na esteira de tantas lições, a usar as palavras na exata dimensão que possuem.
Assim teremos uma imprensa sem meios-termos. E sem medo de expor o que é simplesmente verdadeiro.
Por supuesto!
(Que, em espanhol, quer dizer claro, óbvio, certamente.)
30 de setembro de 2012
REYNALDO ROCHA
Que tal agora, após o pronunciamento da Justiça que transitará em julgado (sem apelações), por ter sido proferido pela mais alta corte do Brasil, passarmos a chamar as coisas pelo nome?
Sai o deputado João Paulo e entra o corrupto condenado João Paulo.
Sai o empresário Marcos Valério e entra o bandido Marcos Valério.
Onde se lê “recursos não contabilizados”, leia-se simplesmente roubo!
Mas, antes de mais nada, deletemos o uso da palavra “suposto” para qualificar o que é a mais absoluta verdade.
É cansativo ler que existia um suposto esquema de compra de votos. Nada disso: existiu um esquema criminoso de compra de votos!
Boa parte da imprensa parece buscar, em nome de uma pretensa imparcialidade, o que seria um distanciamento dos fatos. Isso é saudável até que se comece a agredir os fatos em nome desta falsificação ausente de todos os manuais de redação.
Excesso de cautela também pode ser sinônimo de discordância. Ou mesmo de covardia.
Nós, leitores, exigimos que os meios de comunicação sejam informativos. Pedir que jornalistas relatem fatos é estranho. Mas, infelizmente, necessário.
Sei que os “blogueiros progressistas” e os membros do PIG (Partido da Imprensa Governamental) jamais deixarão de usar o “suposto”. É o que resta a quem compactuou e protegeu uma camarilha de bandidos que sempre soubemos existir.
Mas a imprensa séria que, provavelmente por excesso de zelo, insiste em expressões como “suposto mensalão”, “suposto participante” ou “suposto desvio de verbas públicas” está obrigada – pelos fatos! – a revogar o termo que inspira dúvidas.
Não há nada suposto! Há fatos comprovados. E julgados como tal.
Espero que aprendamos, na esteira de tantas lições, a usar as palavras na exata dimensão que possuem.
Assim teremos uma imprensa sem meios-termos. E sem medo de expor o que é simplesmente verdadeiro.
Por supuesto!
(Que, em espanhol, quer dizer claro, óbvio, certamente.)
30 de setembro de 2012
REYNALDO ROCHA
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