Semana do Santuário Sagrado de Machu Picchu (3)
Mil hipóteses já foram levantadas. Até hoje, no entanto, nenhuma pode ser considerada definitiva, apesar de estudos mais recentes comprovarem que sua razão de ser mais importante era a função religiosa.
A abundância de ornamentos, a presença de 150 múmias, a planta arquitetônica da cidade, os templos e o observatório astronômico atestam que Machu Picchu era um importante centro ceremonial, o maior de toda a América.
Luis Lumbreras, históriador e arqueólogo contemporâneo, que já foi um dos diretores do Instituto Nacional de Cultura do Peru, descreve o local como "uma cidadela composta por palácios e templos, moradias e depósitos", que cumpria funções religiosas.
Formada por edificações, praças e plataformas interligadas por caminhos estreitos, tem um setor separado dos outros por muros, valas e uma espécie de fosso que Lumbreras concluiu não ter sido parte de uma fortificação militar mas sim uma maneira de isolar a área reservada para as cerimônias religiosas.
O que se tem como certo é que Machu Picchu foi erguida por Pachacútec, o 9ª soberano Inca, que foi também o idealizador dos terraços para a agricultura local.
Edificada em harmonia com a natureza que a cerca, a cidade se divide em duas grandes zonas : uma agrícola e a outra urbana
O setor agrícola é composto por terraços abertos no flanco da montanha (foto acima), interligados uns aos outros. Esses terraços tinham dois objetivos: celeiro alimentar para os habitantes da cidade e reservatório para o recolhimento das águas da chuva de modo a evitar a erosão do terreno.
Um grande muro separa as duas zonas. A zona urbana é subdividade em três partes: uma dedicada à indústria dedicada às atividades domésticas; outra era área residencial onde moravam os habitantes da cidade em casas construídas em diversos níveis; e a área mais importante, dedicada ao culto religioso e da qual falaremos amanhã. Veja abaixo a passagem da área residencial para a dos cultos.
…a continuar…
17 de outubro de 2012
Enviado por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa
Nenhum comentário:
Postar um comentário