É grave a situação e não existe perspectiva de estabilidade institucional. Misturar política e religião nunca dá certo, mas é a norma em todos os países árabes, entre os quais o Líbano é o mais ocidentalizado, digamos assim. No Egito, onde a ocidentalização também avançava, a recente eleição direta do presidente da República acabou marcada pelo ranço religioso, e a radicalização aumenta.
Tudo converge para a famosa Praça Tahrir, no Cairo, onde raiou em 2011 a Primavera Árabe que redundou na derrubada do mumificado eterno presidente Hosni Mubarak, um coronel aviador que há décadas ocupava o poder, com apoio e financiamento dos Estados Unidos.
Na última sexta-feira, partidários e opositores do novo presidente do Egito, Mohamed Mursi, se enfrentaram e se envolveram em diversos incidentes na Praça Tahir, onde manifestantes dos dois lados atiraram pedras e coquetéis molotov uns nos outros, vejam a que ponto chegou a radicalização religiosa. Cerca de cem pessoas ficaram feridas nos confrontos na emblemática praça da capital egípcia, segundo o ministério da Saúde.
Tudo começou quando, atendendo ao chamado da Irmandade Muçulmana, confraria da que é membro o presidente, centenas de pessoas protestaram contra a absolvição, na quarta-feira, de personalidades do regime de Hosni Mubarak acusadas de ter ordenado uma carga com cavalos e camelos na praça para desalojar os manifestantes no começo de 2011.
Outro protesto foi convocado por militantes laicos para reivindicar a formação de uma nova comissão constituinte mais representativa, em um momento em que a Alta Corte Administrativa deve se pronunciar sobre a legalidade da atual comissão, dominada pelos islamitas.
Os choques começaram quando partidários da Irmandade Muçulmana destruíram o palanque de um grupo que gritava palavras de ordem contra Mursi, segundo um jornalista da Agência France Press. Segundo testemunhas, manifestantes incendiaram um ônibus que levara os partidários da Irmandade à praça.
O Egito enfrenta grave crise econômica desde o início da Primavera Árabe. Agora, o risco maior é essa mistura de política e religião conduzir a uma situação explosiva, que faça as forças armadas egípcias intervirem e voltarem a usurpar o poder. Se a disputa for no voto, os islâmicos conservadores ganham de barbada.
Tudo converge para a famosa Praça Tahrir, no Cairo, onde raiou em 2011 a Primavera Árabe que redundou na derrubada do mumificado eterno presidente Hosni Mubarak, um coronel aviador que há décadas ocupava o poder, com apoio e financiamento dos Estados Unidos.
Na última sexta-feira, partidários e opositores do novo presidente do Egito, Mohamed Mursi, se enfrentaram e se envolveram em diversos incidentes na Praça Tahir, onde manifestantes dos dois lados atiraram pedras e coquetéis molotov uns nos outros, vejam a que ponto chegou a radicalização religiosa. Cerca de cem pessoas ficaram feridas nos confrontos na emblemática praça da capital egípcia, segundo o ministério da Saúde.
Tudo começou quando, atendendo ao chamado da Irmandade Muçulmana, confraria da que é membro o presidente, centenas de pessoas protestaram contra a absolvição, na quarta-feira, de personalidades do regime de Hosni Mubarak acusadas de ter ordenado uma carga com cavalos e camelos na praça para desalojar os manifestantes no começo de 2011.
Outro protesto foi convocado por militantes laicos para reivindicar a formação de uma nova comissão constituinte mais representativa, em um momento em que a Alta Corte Administrativa deve se pronunciar sobre a legalidade da atual comissão, dominada pelos islamitas.
Os choques começaram quando partidários da Irmandade Muçulmana destruíram o palanque de um grupo que gritava palavras de ordem contra Mursi, segundo um jornalista da Agência France Press. Segundo testemunhas, manifestantes incendiaram um ônibus que levara os partidários da Irmandade à praça.
O Egito enfrenta grave crise econômica desde o início da Primavera Árabe. Agora, o risco maior é essa mistura de política e religião conduzir a uma situação explosiva, que faça as forças armadas egípcias intervirem e voltarem a usurpar o poder. Se a disputa for no voto, os islâmicos conservadores ganham de barbada.
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