Se pairavam algumas dúvidas sobre o caráter meramente político eleitoral da CPI do Cachoeira, elas deixaram de existir nesta última terça-feira (31/10). A manobra promovida pela base aliada e pelo PT sepultou, de uma vez por todas, qualquer hipótese de uma investigação séria do esquema de corrupção que pode ser muito maior do que o Mensalão.
Com a descoberta de contribuições da quadrilha de Carlinhos Cachoeira para as campanhas de Lula e de Dilma e com a enorme possibilidade de que uma investigação mais aprofundada levasse a comprovação – já óbvia – de que isso levou ao favorecimento da empreiteira Delta nos contratos governamentais; ninguém do governo quis se arriscar a um escândalo que poderia levar Dilma a uma situação de ser julgada por crime de responsabilidade e a ver Lula afundando ainda mais na lama da corrupção e nos processos judiciais que já o atormentam em relação ao Mensalão (processo do Banco BMG que estranhamente corre em segredo de justiça).
Ao mesmo tempo, é estranha a resistência em convocar o governador do Rio de Janeiro (Sérgio Cabral) diante das inúmeras provas de seu envolvimento com o esquema. Em relação a Sérgio Cabral, a coisa é tão absurda que foram simplesmente ignoradas provas em fotografias, vídeos e documentos diversos. Misteriosamente a convocação de Sérgio Cabral passou a ser impedida diretamente pelo PT quando o PMDB afirmou que iria patrocinar a convocação de todos os envolvidos no esquema e os pedidos de quebra de seus sigilos fiscal e bancário (o que incluiria Dilma e Lula).
Assim, a postura da base aliada e do PT na CPI torna evidente uma enorme farsa e fazem com que os trabalhos da comissão terminem em uma enorme e mal cheirosa pizza. Não se apurou nada além da superfície do esquema e fecharam-se os olhos para uma quadrilha que estendeu seus tentáculos por todas as áreas da administração pública brasileira e dominou as concorrências públicas em diversos estados da federação. Ao mesmo tempo, vamos deixar impunes dezenas de políticos sujos que participaram ativamente do esquema, beberam na fonte suja de Cachoeira e venderam a alma de milhões de cidadãos em nome de um dinheiro fácil.
Se o Mensalão foi um dos maiores esquemas de corrupção que o Brasil já viu, o esquema de Cachoeira, com toda certeza, é mil vezes maior e mais abrangente do que a quadrilha formada por José Dirceu, José Genoíno e companhia.
O silêncio da imprensa, a alienação da população e a cumplicidade dos políticos de rabo preso se uniram para deixar bandidos da mais alta periculosidade livres e permitir que personalidades da política nacional continuem a enganar e a roubar o cidadão brasileiro na mais completa impunidade.
Pense nisso.
01 de novembro de 2012
visão panorâmica
Com a descoberta de contribuições da quadrilha de Carlinhos Cachoeira para as campanhas de Lula e de Dilma e com a enorme possibilidade de que uma investigação mais aprofundada levasse a comprovação – já óbvia – de que isso levou ao favorecimento da empreiteira Delta nos contratos governamentais; ninguém do governo quis se arriscar a um escândalo que poderia levar Dilma a uma situação de ser julgada por crime de responsabilidade e a ver Lula afundando ainda mais na lama da corrupção e nos processos judiciais que já o atormentam em relação ao Mensalão (processo do Banco BMG que estranhamente corre em segredo de justiça).
Ao mesmo tempo, é estranha a resistência em convocar o governador do Rio de Janeiro (Sérgio Cabral) diante das inúmeras provas de seu envolvimento com o esquema. Em relação a Sérgio Cabral, a coisa é tão absurda que foram simplesmente ignoradas provas em fotografias, vídeos e documentos diversos. Misteriosamente a convocação de Sérgio Cabral passou a ser impedida diretamente pelo PT quando o PMDB afirmou que iria patrocinar a convocação de todos os envolvidos no esquema e os pedidos de quebra de seus sigilos fiscal e bancário (o que incluiria Dilma e Lula).
Assim, a postura da base aliada e do PT na CPI torna evidente uma enorme farsa e fazem com que os trabalhos da comissão terminem em uma enorme e mal cheirosa pizza. Não se apurou nada além da superfície do esquema e fecharam-se os olhos para uma quadrilha que estendeu seus tentáculos por todas as áreas da administração pública brasileira e dominou as concorrências públicas em diversos estados da federação. Ao mesmo tempo, vamos deixar impunes dezenas de políticos sujos que participaram ativamente do esquema, beberam na fonte suja de Cachoeira e venderam a alma de milhões de cidadãos em nome de um dinheiro fácil.
Se o Mensalão foi um dos maiores esquemas de corrupção que o Brasil já viu, o esquema de Cachoeira, com toda certeza, é mil vezes maior e mais abrangente do que a quadrilha formada por José Dirceu, José Genoíno e companhia.
O silêncio da imprensa, a alienação da população e a cumplicidade dos políticos de rabo preso se uniram para deixar bandidos da mais alta periculosidade livres e permitir que personalidades da política nacional continuem a enganar e a roubar o cidadão brasileiro na mais completa impunidade.
Pense nisso.
01 de novembro de 2012
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