"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 3 de novembro de 2012

ONDE A SERIEDADE PERMANECE ÍNTEGRA

 

A presidente da República não aceitou o pedido de demissão do cargo que o condenado José Genoino ocupa a ministério da Defesa. Ao próprio, uma boa parte dos deputados apóia a idéia imoral, que lhe seja dado o cargo de deputado que ele faria jus por ser o primeiro suplente.



Além disso os deputados João Paulo Cunha (PT-SP) e Valdemar da Costa Neto (PR-SP), mesmo tendo sido condenados pelo STF, continuam recebendo seus nababescos salários da Câmara dos Deputados.

Desse mar de lama, salva-se com brio e patriotismo o Exército Brasileiro, que reitrará as condecorações recebidas pelos marginais citados acima.

Eles vão perder a medalha do Pacificador. Trata-se de uma condecoração militar brasileira que pode ser dada a civis. Foi instituída em 1953, como celebração dos 150 anos de nascimento do marechal Luiz Alves de Lima e Silva (o Duque de Caxias), patrono do Exército brasileiro.

De acordo com o decreto que regulamenta a concessão da Medalha, a cassação da comenda é automática se o condecorado for condenado pela Justiça brasileira, por sentença transitada em julgado, por crime “contra a integridade e a soberania nacional ou atentado contra o erário, as instituições e a sociedade brasileira”.

Ainda segundo o decreto, a cassação da Medalha será realizada de ofício pelo comandante do Exército, ou seja, por dever do cargo e da lei e sem a necessidade de solicitação externa. Dessa forma, o ato da cassação não é arbitrário – basta que se realizem as condições previstas no decreto.
Ao que tudo indica a iniciativa partiu de militares da reserva, que enviaram ofício ao comandante do Exército, General Enzo Peri, pedindo a cassação imediata da medalha.

O comando, questionado sobre a possibilidade de a cassação das Medalhas de Cunha e Genoíno criar atrito com a presidente Dilma Rousseff e a cúpula do PT, resolveu não responder, pois a decisão já esta tomada.

(1) Foto: Nelson Jobim e José Genoino. Um safado condecora outro safado.
(2) Texto de apoio: Guilherme Oliveira

03 de novembro de 2012
Giulio Sanmartini

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