O Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, pedirá explicações de Luiz Inácio Lula da Silva sobre suas reais relações com Rosemary Nóvoa de Noronha. Gurgel não quer saber de informações íntimas entre ambos – que só valem para revistinhas de fofocas. Objetivamente, interessa ter certeza se Lula tinha alguma influência nas ações fora da lei praticadas pela Rosemary – uma velha amiga e assessora de confiança. Rose foi a única apadrinhada por Lula que Dilma Rousseff manteve quando assumiu. Logo, é fortíssima a relação entre o Godfather e a "Doutora Rose".
O Procurador-Geral só quer ter convicção se a ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo praticava sozinha os crimes corrupção ativa, tráfico de influência e formação de quadrilha, ou se Rose tinha “amigos” acima lhe dando ordens de comando dos negócios que a Polícia Federal mapeou no inquérito da Operação Porto Seguro. Até agora, "Tio" Lula não foi objeto direto de investigação. Mas o Rosegate lhe abriu o portão do inferno para ter a vida pessoal e política devassada.
A tendência é que o Procurador-Geral, pelo menos em um primeiro momento, não exponha o ex-Presidente da República aos leões. O pedido para Lula prestar esclarecimentos pode até preservá-lo com o “direito” a conceder um depoimento reservado à Polícia Federal e à Justiça, assim que o inquérito for para a vara federal competente ou até para o Supremo Tribunal Federal, se houver caso de “foro privilegiado” aos principais envolvidos.
Gênios jurídicos que trabalham para o PT já estudam até a hipótese de Lula, em segredo, procurar a PF e declarar tudo que sabe: Nada. O fato de se apresentar espontaneamente apenas para se dizer “traído” (na confiança) por uma ex-assessora seria uma tática para fugir, ao menos por enquanto, da vergonha pública de ser chamado a depor oficialmente pelo Procurador-Geral. Independentemente de qualquer coisa, Luiz Inácio Lula da Silva tem a obrigação moral de vir a público esclarecer sua ligação com Rose. Frases curtas e grossas para a imprensa não resolvem o problema – que se agrava.
A operação abafa está em andamento. Semana passada, advogados de Rose procuraram a Polícia Federal para reclamar que a intimidade da cliente deles estava sendo indevidamente devassada. A tática é clara: impedir que eventuais elementos investigatórios sejam usados como provas de alguma forte ligação entre ela e Lula. O objetivo é impedir que a Justiça leve em conta o conteúdo de 122 ligações captadas entre Rose e Lula pelo sistema “Guardião” da Polícia Federal. Outras ligações “pessoais” de Rose para José Dirceu ou demais dirigentes petistas também se tornariam anuláveis como provas para um futuro julgamento.
O indiciamento de Rose também por formação de quadrilha pegou os lixeiros do PT de calça curta. Até então, inclusive na mídia amestrada, a tática era apresentar Paulo Vieira, ex-diretor da Agência Nacional de Águas (Ana), como o “chefe da quadrilha”. Agora, com Rose no mesmo barco, tem tudo para ser afundada esta tese furada sobre o real comando das operações criminosas. E se for provada a tese – defendida pela oposição – de que Rose agiria em nome de Lula ou de Dirceu, o Rosegate ganha uma dimensão idêntica ao da Ação Penal 470 – que condenou os mensaleiros.
O discurso defensivo dos petistas indica claramente um desespero de causa. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, voltou a repetir (santa redundância) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não é objeto de investigação pela Polícia Federal na Operação Porto Seguro. No discurso oficial, pode realmente não ser. Na realidade objetiva, se a PF não investigar, seus servidores incorrem em omissão e prática de rigor seletivo (só investigando quem convém). Pelo menos uma das cinco forças de poder dentro da PF tem absolutamente tudo sobre o Rosegate. Se as informações serão usadas é problema para a Justiça.
Tão ou mais grave que o Rosegate é o fato da Executiva Nacional do PT insistir em afrontar o Judiciário. O comando da legenda, por orientação evidente de José Dirceu, repete sem parar que não concorda com o resultado da Ação Penal 470, insistindo que ocorreu um julgamento mais político do que técnico no Supremo Tribunal Federal. Mês passado, o PT já tinha divulgado um manifesto pregando que "o julgamento do STF não foi isento de acordo com os autos e à luz das provas”. Na visão petista, “parte do STF decidiu pelas condenações, mesmo não havendo provas no processo”.
O caldo pode entornar porque o Presidente do STF, Joaquim Barbosa, tem tudo para condenar, institucionalmente, o PT. Caso a Executiva Nacional do PT cometa o criminoso golpe contra a soberania do Brasil, passando por cima do Supremo Tribunal Federal e recorrerendo aos Tribunais internacionais para conseguir um perdão para os membros de sua cúpula condenados no Mensalão, os nazicomunopetralhas romperão com a ordem institucional brasileira, desmoralizando e tornando inútil a instância maior do nosso Poder Judiciário.
O Alerta Total insiste. O Presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, terá a obrigação moral e constitucional de defender a soberania do Brasil e do próprio Judiciário. No STF e no Conselho Nacional de Justiça, reservadamente, já se estuda como os advogados dos mensaleiros e os dirigentes do PT poderiam ser enquadrados, legalmente, por desrespeitar uma decisão soberana da Corte Suprema, recorrendo a foros internacionais criados pela Nova Ordem Mundial para atacar, de forma sistemática e permanente, a soberania do Brasil.
O golpe nazicomunopetralha já foi identificado. O Governo do Crime Organizado investe na radicalização e na impunidade para continuar reinando a república. Por isso, na hora em que o titanic fica longe de um “porto seguro”, surgem várias perguntas no horizonte: Haverá um contragolpe eficiente? Militares, militantes, meliantes e midiotas podem se enfrentar novamente?
Indagação mais importante - Quem vai se aproveitar melhor do vácuo institucional que se desenha, principalmente com ingredientes de crise econômica em estágio de agravamento:
Os controladores globalitários que mandam aqui há séculos? Os novos marionetes socialistas fabianos que a Oligarquia Financeira Transnacional escalará para nos governar do mesmo jeito de sempre - com as grandes empreiteiras tocando os principais negócios capimunistas? Ou, surpreendentemente, na maior zebra da história, sairão vencedores o Brasil e a massa que aqui habita sem entender nada do que realmente acontece?
Sem respostas imediatas, a conclusão preliminar é: O Brasil parece uma Profecia Maia autorealizada...
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
09 de dezembro de 2012
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
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