Tivemos, nos últimos dias, uma superexposição de elogios e salamaleques ao falecido arquiteto Oscar Niemeyer. Como manifestações que contrariem o "senso comum" parece que não serão apresentadas, me atrevo a reproduzir matéria de um e-mail recebido a fim de que pelo menos os meus poucos leitores, particularmente os mais jovens, tenham subsídio para pensarem o que é feito em matéria de "lavagem cerebral" neste país.
1. Niemeyer, o cacête! Brasília é obra de Lúcio Costa.
Fazem a homenagem ao homem errado, nos 52 anos da capital.
por Sérgio Vaz
O Google faz uma homenagem a Oscar Niemeyer – como em outras datas importantes, substitui o seu logo por um desenho alusivo àquele dia. Está lá, então: “52º aniversário de Brasília. Desenhos de Oscar Niemeyer”.
Vi por acaso – queria fazer uma pesquisa qualquer, procurar fotos de um determinado filme, e vi a homenagem. O dia 21 de abril, a data de aniversário de Brasília, ainda nem tinha começado, faltavam alguns minutos, mas a homenagem já estava lá.
É uma homenagem errada. Ao homem errado.
Expressei minha indignação no Twitter. Esperneei lá que quem criou Brasília foi Lúcio Costa.
Segundos depois, um garoto jovem, Luiz Otávio, tuitou o seguinte: “se lúcio costa foi quem planejou tudo… niemeyer recebe a fama só porque ainda está vivo?”
Mais uns poucos segundos, e alguém da equipe de Ancelmo Gois – que considero o melhor colunista deste país hoje – tuitou, alegremente, entusiasticamente, cariocamente, que o Google estava prestando homenagem a Niemeyer.
Estou velhinho, cansado, e este país despeja sobre nós pelo menos dez motivos de indignação por dia, e não nos indignamos tanto quanto deveríamos – mas esse episódio me deixou profundamente indignado, e tento aqui expressar essa raiva.
Discutir sobre a decisão de criar Brasília, tomada por Juscelino, fica para nunca, ou para depois.
Mas o fato é que, decisão política tomada, Brasília existe, e é como é, graças a Lúcio Costa. É de Lúcio Costa o desenho da cidade, o avião, duas imensas asas a partir de um Eixo Monumental.
Niemeyer projetou os prédios.
O desenho de Brasília é de Lúcio Costa.
Joaquim Guedes, parece, fez os cálculos.
O desenho, quem fez foi Lúcio Costa. O Eixo Monumental, os eixos das asas, o Sul e o Norte, os trevos viários, as tesourinhas, as superquadras, tudo foi idéia de Lúcio Costa.
Tudo, no Plano Piloto, é idéia de Lúcio Costa.
Este país é tão maluco, tão absurdamente doido, que gerações inteiras, como o garoto Luiz Otávio indica, aprenderam a História errada. Por algum motivo incompreensível, ou por uma série de motivos incompreensíveis, o marketing transformou Brasília em uma criação de Oscar Niemeyer.
Deve haver muitos meninos que estudaram em boas escolas e sequer sabem quem foi Juscelino Kubitscheck, mas que aprenderam que Brasília é uma obra de Niemeyer.
Obra de Niemeyer, o cacete.
A idéia mais brilhante sobre Brasília, a de que o prédio do Congresso deveria ser a edificação mais alta, para demonstrar que a representação popular é mais importante do que tudo – “mais altos são os poderes do povo” – foi de Lúcio Costa. Niemeyer apenas fez o projeto do prédio. Um projeto, aliás, igualzinho a tudo que ele fez, e faz: um bloco reto de concreto e vidro, com duas partes de circunferência para enfeitar.
Compare-se o prédio do Congresso Nacional ao prédio da ONU, idealizado por Le Corbusier duas décadas antes: é igualzinho.
Niemeyer é o maior engodo, o maior blefe, o sujeito mais superestimado da História do Brasil. Um dos maiores engodos do mundo.
Faz prédios, caixotes, de concreto e vidro. Não os defende da luz forte dos trópicos. Não faz aberturas de janelas que permitam a passagem do ar. Todos os prédios que cria têm, necessariamente, que ter ar-condicionado.
É um sujeito tão ante-diluviano em termos de meio-ambiente quanto nas suas idéias políticas.
Na política, defende Stálin, até hoje, passado bem mais de meio século das denúncias dos crimes stalinistas na própria União Soviética.
No trabalho, cria monstrengos de concreto sem espaço para um metrinho de grama sequer. Árvore, então, nem pensar.
O Memorial da América Latrina, perdão, Latina, que projetou em São Paulo então governada por Orestes Quércia, financiador do MR-8 e um dos políticos mais corruptos da história, é uma ilha insensata de concreto cercada por uma cidade de concreto.
Não há espaço para uma única arvorezinha, naquele mausoléu da Barra Funda.
Em Brasília, o desenho de Lúcio Costa exigia um gigantesco espaço gramado no Eixão, no meio dos prédios dos ministérios, diante da Praça dos Três Poderes. Lúcio Costa botou verde lá. Se fosse por Niemeyer, tudo aquele espaço seria de concreto.
Mais ou menos recentemente, o escritório de Niemeyer bolou um projeto de criar, bem no meio da grama da Esplanada dos Ministérios, um trombolho de concreto. Felizmente (há momentos em que este país tem alguma lucidez) o projeto foi abortado, levando-se em consideração que o espaço havia sido considerado Monumento da Humanidade pela Unesco.
A melhor criação de Niemeyer é a frase que ele repete há mais de um século, de que as curvas de suas criações fazem lembrar as curvas sensuais da mulher.
Morar num prédio projetado por Niemeyer – como o Copan no Centro de São Paulo, ou como naquele prédio horroroso que enfeia a Praça da Liberdade em Belo Horizonte, deve ser um inferno.
Com paredes arredondadas, como ter uma sala agradável? Como ter móveis que se adaptem a elas?
Não se tem notícia de um presidente da República que tenha achado que viver no Palácio da Alvorada é agradável.
E o Palácio do Planalto não sobrevive sem reformas infindas, e carésimas, como a que Lula fez.
Ah, sim, mas Niemeyer é uma referência na arquitetura, tem projetos em trocentos países, é incensado no mundo inteiro. Verdade.
E aí a gente tem que, realmente, tirar o chapéu: o marketing do comunismo, da esquerda, da esquerdiotice, é o melhor do mundo.
Transformam um arquiteto de merda no melhor do mundo. Transformam um governo de merda em nunca antes neste país. Transformam Dilma, esse estupor, essa coisa que não consegue falar uma única frase compreensível, em estadista. Pobre país, este nosso.
21 de abril de 2012
Fonte: 50 Anos de Textos
2. Construtor de Caixotes
Não estou em absoluto entre os unânimes de sempre que consideram Niemayer um gênio ou um "deus" da arquitetura, ao contrário!
Para lá do fato que o arquiteto falecido ter sido um contumaz aproveitador de verba pública para a construção de suas inabitáveis pirâmides ao fazer do Brasil o seu cartório particular edificante com o dinheiro do contribuinte, suas obras relevavam a destinação, o clima e o uso dos que ali iriam viver e trabalhar em detrimento da forma, pois só assim (entre outras) para se construir uma biblioteca sem iluminação (a do Memorial da América Latina), bem como o Palácio do Planalto, onde toda a sua egolatria pôde ser vista ao colocar em prédios janelões em plena área do Cerrado, de frente para o sol no verão e com pouca ventilação, fazendo com que no inverno as pessoas congelem e no verão, cozinhem.
Copiador de outro construtor de caixotões, Le Corbusier, Niemayer foi, enquanto militante comunista, fiel a sua ideologia também na arquitetura ao desprezar arrogantemente a simplicidade popular, pois se fosse mais humilde veria nas casas dos caboclos a genialidade funcional que suas criptas de concreto armado nunca tiveram.
Morreu o único "alfaiate" do mundo que, sempre errando a medida do terno a ser sempre pago pelos cidadãos, era sempre sagaz o bastante para mandar ele, o cliente, sempre se adaptar à vestimenta.
Paulo Boccato
Fonte: O Estado de São Paulo - Fórum dos Leitores
3. Origem de Brasília. O Que Você Deveria Saber e Quase Não é Divulgado
Dados sobre a atuação do Marechal José Pessoa - Patrono do 12º Regimento de Cavalaria Mecanizado (Jaguarão/RS) - na construção de Brasília, inclusive o planejamento das "tesourinhas", do esgoto, das fontes de água e energia, etc.
Infelizmente, os "antimilitares" imiscuidos nos meios letivos e de mídia conseguiram esconder esses fatos e apagar o Marechal da história da Capital Federal do Brasil e, ao mesmo tempo dar méritos imerecidos a um arquiteto, cujo maior mérito é o de ser adorador de Stalin e Fidel Castro.
09 de dezembro de 2012
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