Em matéria de factóides (simulações de fatos), o governo do PT está se mostrando imbatível. Depois de criar a nova classe média, inventada pelo economista Marcelo Nery, que ganhou pelos serviços prestados a importante presidência do IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, agora o novo factóide do governo são os “planos” para essa nova classe média.
Como se sabe, quando trabalhava na Fundação Getúlio Vargas, Nery realizou uma obra de contorcionismo econômico para concluir que toda família com renda per capita de R$ 291 já teria saído da pobreza e entrado na classe média. Assim, uma família de cinco pessoas, com renda mensal de apenas R$ 1.455, no entender do criativo economista, tinha de ser considerada de classe média.
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RICOS E POBRES
A imprensa engoliu esse factóide goela abaixo e o governo adotou a tal nova classe média. Agora, os repórteres Lu Aiko Otta e João Domingos, do Estadão, dão segmento ao lance e anunciam que o PT pretende utilizar a gestão de Fernando Haddad em São Paulo a partir de 1º de janeiro de 2013 para reciclar sua agenda programática.
“A promessa de Haddad de ‘derrubar os muros’ que separam a população pobre da rica será complementada, segundo petistas, por um trabalho conjunto da Prefeitura com a presidente Dilma Rousseff, com foco especial na nova classe média, um contingente de 40 milhões de consumidores surgido na última década”, afirmam os jornalistas, mas ressalvando que nem tudo é delírio, pois às vezes as autoridades caem na real.
“Em conversas com seus conselheiros políticos, Dilma costuma repetir que essa parte da população brasileira continua sem acesso a planos de saúde e a escolas particulares. Acabará cobrando, portanto, a melhoria desses serviços do poder público”, diz a reportagem do Estadão, especulando sobre o óbvio ululante celebrado por Nelson Rodrigues.
“Nosso grande desafio é o da melhoria dos serviços públicos, porque esses 40 milhões que entraram na classe média recentemente ainda têm renda muito baixa”, admitiu o deputado Paulo Teixeira (SP), um dos petistas que trabalhará na tentativa de transformar projetos da gestão Haddad num laboratório para o programa de governo do partido com vistas à campanha de 2014.
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