"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 23 de fevereiro de 2013

PROCURADORES REAGEM A COLLOR E REPUDIAM "ATAQUES" CONTRA GURGEL

Trinta e dois procuradores-chefes criticam postura de senador em relação ao chefe do MP

 
RIO - Trinta e dois procuradores-chefes divulgaram nota nesta sexta-feira repudiando “ataques” ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Eles criticaram a aprovação do Senado de um requerimento de autoria Fernando Collor, que pede uma auditoria do Tribunal de Contas da União na aquisição de 1,2 mil tablets pela Procuradoria-Geral da República.
 
Para os procuradores, “as tentativas de macular a honra do chefe do Ministério Público da União, que engloba o Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Militar e Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, pela sua atuação institucional, não alcançarão o fim predeterminado, pois não passam de tentativas vãs de retaliar e intimidar a instituição”.
Leia abaixo a íntegra da nota:

“DESAGRAVO AO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

O Secretário-Geral, o Secretário-Geral Adjunto e os Procuradores-Chefes de todas as unidades do Ministério Público Federal, estes últimos eleitos pelos Procuradores da República e Procuradores Regionais da República nos Estados, reunidos em Brasília, diante de ataques dirigidos ao Procurador-Geral da República, Dr. Roberto Monteiro Gurgel Santos, por sua atuação independente em casos de grande repercussão e interesse nacional, como visto em recentes atos praticados e discursos proferidos pelo Senador Fernando Arnon Collor de Mello, deliberaram, à unanimidade, manifestar veemente repúdio às acusações feitas à autoridade máxima do Ministério Público brasileiro, pessoa detentora de respeitabilidade e decoro.
 
Esclarecem não ser cabível o abuso de prerrogativas parlamentares, objetivando enfraquecer uma instituição defensora da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, como definido na Constituição da República e reconhecido pela sociedade em geral.
 
Conhecedores dos predicados morais e profissionais do desagravado, os subscritores asseguram que as tentativas de macular a honra do chefe do Ministério Público da União, que engloba o Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Militar e Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, pela sua atuação institucional, não alcançarão o fim predeterminado, pois não passam de tentativas vãs de retaliar e intimidar a instituição.

23 de fevereiro de 2013
O Globo

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