Sei que o Rio é global e produz novelas que fantasiam o Brasil.
Que o Galvão Bueno é… Uma tia que no Mineirão sempre vai para aquele lugar.
Sei que São Paulo é um capitalismo selvagem que gera FHC, Lulas e por aí a fora. E Minas? Tem defeitos, mas faz bem feito e infelizmente “em silêncio”.
Talvez por isso as manifestações aqui foram graves, quase inconfidentes, Tiradentes! Então sou psiquiatra, roceiro e deixo minhas observações, não como profissional que trabalha com comportamento, mas como neto do “Zé Cocão”, da sabedoria do sertão mineiro:
1 – Multidão: a consciência se dilui. Uma pessoa quer pular do prédio: Uma pessoa apavorada grita: “Não faça isso!” Dez pessoas pedem que aguarde os bombeiros. Mil pessoas gritam: “Pula, pula!”.
Quando ele pula, todos se entristecem e vão embora Não foi o grito dela pois 999 também gritaram. A culpa diluída não dói a consciência. Assim, multidão segue “boas ou más consciências” que as lidera avenida a fora.
2 – “Oprimido se torna o pior opressor”. Nas plantações de cana do sec. XVIII nos EUA, escolhiam um negro para apanhar todo dia. Ao final de meses, davam o chicote e ele virava capataz e se tornava o mais torturador do próprio povo. Assim aconteceu na Revolução Francesa, na Rússia, com Judeus, com o PT, com os manifestantes contra o PT e ódio contra ódio se sucederá.
3 – “O fracasso da geração X”. Nós, os que tem acima de 40 anos até 70, fracassamos: enfrentamos ditadura, “guerra fria”, fomos hippies – paz e amor. Mas não nos tornamos exemplo, referência, liderança para filhos, netos.
Deixamos políticos corruptos se perpetuarem, fizemos constituinte que é fruto de hobbies, interesse de advogados poderosos, classista, demagogias, executivos como presidentes, governadores, prefeitos que vivem incestuosamente com empresários numa festa de corrupção descarada e impune.
Legislativa? Sem comentários… Pergunto: O último bastião, o PT, que prometia esperança, alegria e honestidade foi a gota d’água de quem decepcionara com o PMDB, PSDB e essa “sopa de letrinhas” que não nos diz nada.
4 – Líderes nascem líderes: não são eleitos! Em todas espécies, machos e fêmeas “alfa” assumem o comando. Pois nasceram com agilidade, astúcia, preparo natural para conduzir o bando (de macaco, elefante, leão, etc) para condições de sobrevivência.
Os outros membros, machos beta, gama, etc, entendem que há uma hierarquia e contribuem para a ordem social do bando.
Se um novo macho acha-se mais qualificado, desafia “olho no olho”, assume a liderança ou derrotado vai para a “rabeira” do bando. O único mamífero que contraria essa lei natural é o ser humano, que criou eleição, nomeação, corrupção para chegar à liderança.
5 – A geração Y: Imatura e perdida. Ok, os nascidos entre 1978 e 2.000 estão à frente da “revolta brasileira”, saíram do invisível universo paralelo virtual e entenderam que o mundo é real!
Pois a geração X só vê o que “ocupa lugar no espaço” e morre de medo dos jovens ainda que “amadurecidos a força”, politicamente sem noção, base, ou morte nessas passeatas do “quero tudo diferente”.
E o que querem? “Não sei”. Pois falta a eles interagir mais com a sabedoria dos pais e avós, e isso é o que vi de mais belo: avô, pai, filho de mãos dadas e interesse por 1968, ditadura, fora Collor, Diretas Já.
6 – Baderneiros! 20% dos seres humanos são naturalmente rebeldes sem causa, violentos, depredadores ou marginais, principalmente os de testosterona aumentada (15 a 30 anos) ou embalados por drogas, anabolizantes. Pitboys tem atrofia cerebral, e nessa falta de limite de pais, escolas, sociedade, o quebra-quebra é aqui, Paris, Egito, Turquia.
Por fim, o mundo global – urbano, tecnológico, engarrafado, consumista e injusto está com seus dias contados! No início preparam para uma guerra tribal, e só depois virá um novo tempo…
19 de julho de 2013
Eduardo Aquino
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