Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
A CENSURA DA MARCHINHA DE CARNAVAL "LANCHE DO BURGUÊS"
Artistas se unem a internautas contra censura de Burguês
Setor cultural vai reagir se autor da marchinha for processado
Se o advogado do presidente da Câmara de Belo Horizonte, Léo Burguês (PSDB), queria preservar a imagem do cliente ao pedir a retirada do ar da marchinha “Na coxinha da madrasta”, a reação acabou sendo contrária. Internautas e artistas da capital se uniram nas redes sociais para não apenas disponibilizar novamente o áudio, como também protestar contra o que chamaram de censura por parte de Burguês.
A marchinha, composta pelo músico Flávio Henrique, foi criada após reportagem publicada por O TEMPO em 16 de janeiro, com a revelação de que Burguês gastou R$ 1.500 por mês, desde 2009, com lanches comprados na mini-mercearia da madrasta.
p>Flávio Henrique afirma que cumpriu a exigência do advogado porque não quer que a composição seja motivo de uma batalha judicial.
“O arquivo que eu disponibilizei (na internet) foi retirado, mas eu não tenho controle das reproduções que caíram na rede”, acrescentou.
O autor da marchinha conta ainda que recebeu apoio de seus colegas de profissão. “A classe artística de Belo Horizonte está indignada com a censura e já ameaça reagir caso eu seja processado”, disse.
O presidente da Cooperativa de Músicos de Minas Gerais, Makely Ka, postou um manifesto em sua página no Facebook. “Quando uma marchinha de Carnaval incomoda os governantes, é sinal de que alguma coisa está acontecendo, prova cabal de que revolveu alguma coisa no sótão escuro das casas de família tradicionais”, destacou.
Carnaval
Flávio Henrique explicou que a música foi inscrita no concurso de marchinhas da Banda Mole para o Carnaval da capital. “Vou aguardar o resultado. Se a marchinha for selecionada, terei que analisar com cuidado, junto com meu advogado, o que vamos fazer”, disse.
A reportagem tentou entrar em contato com Léo Burguês para um posicionamento sobre a polêmica.
Entretanto, não obteve retorno.
Aqui, a letra da música censurada:
Não sei se é ladrão,
Pervertido ou pederasta
Tem gente metendo a mão
Na coxinha da madastra (bis)
Milhares de reais por mês
Pro lanchindo do burguês.
O nosso dinheiro ele gasta
Na cozinha da madrasta
Tira a mão, tira a mão
É hora de dar um basta
A grana da população foi parar na cozinha da madrasta
Agora BH já tem Édipo e Jocasta
Burguês pôs o seu cigarrete na coxinha da madrasta
Milhares de reais por mês pro lanchinho do burguês.
O nosso dinheiro ele gasta na cozinha da madrasta
Tira a mão tira a mão
É a hora de dar um basta
A grana da população foi parar na cozinha da madrasta.
Enviado por luisnassif, 30/01/2012
Por maria utt
De O Tempo
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