Em uma república democrática presidencialista, tão ruim quanto o crime organizado é o crime legalizado. O Brasil vive o regime dos Núcleos de Domínio Social.
Nos últimos 50 anos, notadamente na última década, os organismos de defesa do cidadão se transformaram em casamatas da pandilha que usa a lei como arma contra a sociedade indefesa.
O Estado é belicoso e aparelhado de trincheiras em cada poder constituído, vale-se da estratégia infalível da "coalizão pela governabilidade" para revidar o tiroteio da sociedade contra os malfeitos.
Agora mesmo, sob intenso fogo cruzado, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contemplou Glaucia Elaine de Paula com o cargo de diretora-geral.
Trata-se de, ninguém mais nem menos do que a figura responsável pelo controle interno que deu parecer favorável à realização da licitação que fechou contrato de R$ 68 milhões com o consórcio de empresas de informática CDS/NTC, vinculado a multinacional Oracle.
Foi um tiro preciso. Coisa de artilheiro. Glaucia entrou no lugar de Helena Azuma, demitida pelo simples acaso de discordar do projeto perdulário e absolutamente desnecessário.
Também por obra do acaso, perdeu o emprego o ex-diretor de Informática, Delicieux Dantas. Por infeliz coincidência ele foi outro que se opôs à gastança.
Delicieux teve a ousadia de apresentar um projeto 14 vezes mais barato.
30 de janeiro de 2012
sanatório da notícia
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
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