Acontece que eu sou baiano
Magalhães Pinto saiu pelo interior de Minas, em 1960, fazendo sua campanha para governador do Estado, pela UDN, disputando com Tancredo Neves, do PSD, que derrotou. Com ele, assessor de imprensa, o jornalista Toninho Drummond, depois diretor da TV Globo em Brasília. Magalhães chegou a Santo Antonio do Monte. Começou o discurso:
- Esta é a minha cidade. Aqui… (e continuou).
Terminou, foi embora. Desceu em Lima Duarte:
- Esta é a minha cidade. Aqui…
Parou em Formiga:
- Esta é a minha cidade. Aqui…
Entrou carregado em Juiz de Fora :
- Esta é a minha cidade. Aqui…
Toninho não entendeu:
- Doutor Magalhães, de que cidade afinal o senhor é?
- Depois da campanha eu lhe conto.
E foi para Belo Horizonte. Sua cidade era Santo Antonio do Monte.
***
ALCKMIN
O governador Alckmin, ilustre paulista de Pindamonhangaba, descendente dos árabes Alkmin de Bocaiúva, em Minas (em São Paulo, acrescentaram um charmoso “c” para parecerem quatrocentões do Viaduto do Chá), descobriu agora que não é nem paulista nem mineiro. É mais. É baiano:
- “Eu sou nordestino, sou baiano, disse em Recife. Quando a minha família veio de Portugal, da Espanha (podia ter dito também: “das Arábias”), ela veio para a Bahia, para Carinhanha, lá nas barrancas do rio São Francisco. Nasci em São Paulo, mas minhas raízes são nordestinas. Eu sou baiano” (Folha).
Assim, o conterrâneo Alckmin acaba ganhando meu voto. E o de Caimmy.
sebastião nery
19 de janeiro de 2012
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
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