Petralhas querem presidência da Casa da Moeda, após derrubarem apadrinhado do PTB suspeito de corrupção
Não foi só a suspeita de receber propina de fornecedores que causou a queda, sábado passado, do presidente da Casa da Moeda. Luiz Felipe Denucci perdeu o cargo porque é ligado ao PTB, e o PT aproveita a véspera de reforminha ministerial para tirar dos aliados e abocanhar o comando da estatal que fabrica cédulas e moedas, entre outros documentos. Denucci foi exonerado por ato de um funcionário do terceiro escalão do ministério da Fazenda, antecipando-se a um dossiê que seria revelado pelo jornal Folha de S.Paulo.
Até sexta-feira passada, o governo não tinha interesse em demitir Denucci que era apontado como grande gestor, porque a Casa da Moeda teve um inédito lucro de R$ 517 milhões em 2011. Denucci também era prestigiado pelo ministro Guido Mantega, embora o governo soubesse que a Polícia Federal o investigava por suposta remessa ilegal de R$ 1,8 milhão do exterior para o Brasil. Denucci já tinha sido multado pela Receita Federal, em novembro, por este problema, mas seu posto não estava ameaçado até então.
Denucci é suspeito de receber US$ 25 milhões como pagamento de comissão de 2% por dois fornecedores que assinaram contratos exclusivos com a Casa da Moeda. A grana foi paga a duas empresas constituídas, em 2010, no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas. A Helmond Comercial LLC estava em nome do próprio Denucci. A Rhodes INT Ventures pertence à filha dele, Ana Gabriela.
Denucci alega que foi vítima de uma grande fraude e que nunca operou as empresas registradas em nome dele e da filha.
31 de janeiro de 2012
Por Jorge Serrão
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
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"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
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