A República Popular do Brasil já está implantada na prática, mas muita gente prefere ignorar ou fingir que não percebe. O sistema em vigor não obedece à tradicional ideologia comunista que subverteu até as mal formuladas ideias do velho Karl Marx. Aqui obedecemos ao Capimunismo – modelo político-econômico que combina crescente e cínica intervenção estatal sobre a produção, o consumo e a vida das pessoas.
Juros altíssimos, impostos elevadíssimos, leis e regras inventadas e impostas para causar desordem jurídica e inviabilizar a democracia e a soberania são alguns dos fundamentos do Governo do Crime Organizado. A máquina estatal aumenta seu poder, gradualmente, para interferir cada vez mais na vida das pessoas, tornando-as reféns do esquema cada vez mais concentrado nos sujeitos que se acostumaram a usar a política como meio de garantir poder, dinheiro, hegemonia e prestígio.
Cada dia que passa, o Capimunismo Tupiniquim avança, sempre trabalhando para o Poder Real Globalitário, em seu projeto de reduzir ou eliminar a soberania nacional dos países. Nesta estratégia, criam-se instrumentos para controlar, cada vez mais, os direitos individuais para que as pessoas se sintam obrigadas a obedecer à ordem coletivista imposta pelo Estado Capimunista. O esquema é tão eficiente que o gado não percebe como nem quando vai para o abatedouro.
A mais recente jogada do Governo do Crime Organizado para ampliar o controle sobre o cidadão leva o pomposo nome de Lei de Diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana. Sem muito alarde, foi sancionada pela presidenta Dilma Rousseff no dia 3 de janeiro. O negócio ficou 17 anos em debate no Congresso Nacional, aguardando a hora mais oportuna de ser aplicado. O momento chegou, porque os controladores da República Popular (soviética) do Brasil têm pressa.
De cara, a regra é inconstitucional. A Constituição não aceita leis que limitem ou tentem controlar o direito e ir e vir dos cidadãos. A Lei de Mobilidade Urbana é mais um instrumento para gerar receita para as empreiteiras pagadoras de mensalões aos ocupantes da máquina capimunista.
Uma das propostas nela inseridas na Lei é a permissão aos municípios para cobrar pedágios urbanos. A esfarrapada desculpa é que isto serviria para diminuir o trânsito de automóveis, estimulando o transporte coletivo (palavrinha mágica do capimunismo) e reduzindo a emissão de poluentes (a manjada propaganda ecológica da Nova Ordem Mundial).
A novidade tem tudo para atingir moradores de 1663 municípios com mais de 20mil habitantes. Todos ficam obrigados a elaborar, em três anos, Planos de Mobilidade Urbana. Quem não obedecer a mais este preceito capimunista tupiniquim corre o risco de sofrer a suspensão de repasses federais para o setor de transportes.
As empreiteiras já estão prontas para o negócio dos pedágios. O cartel também está prontinho para ampliar, em todos os municípios possíveis, o sistema picareta que tem o sugestivo nome de “controlar”. Trata-se da obrigatória inspeção veicular com a desculpa de verificar se o veículo automotivo obedece às normas de poluição ambiental (fixadas, logicamente, pelos gênios da empresa Controlar). O esquema já funciona, a todo vapor, em São Paulo. Toma dinheiro, anual e facilmente, dos otários donos de veículos.
Com a Lei de Mobilidade, o caminho pode ficar escancarado para uma proposta de controle que ainda não vingou por um mero desacerto de contas entre a indústria automobilística e o Governo do Crime Organizado. A obrigatoriedade de instalar chips nos veículos – ou em documentos do seu condutor – para colaborar, ainda mais, com a indústria das multas e com a indústria da segurança – já que automóveis e pessoas se tornam objetos “rastreáveis”. Mais um serviço para ser cobrado...
Nosso capimunismo é diferente. Não precisa de ditadores, nem de ideologias. Basta a passividade do gado tupiniquim para obedecer – e pagar o preço cobrado – pelas regras inventadas pelos esquemas mafiosos do Governo do Crime Organizado.
Nada acontece enquanto a vaca não descobre que está indo para o brejo am alta velocidade, cada vez mais perdendo sua “mobilidade”. Mas se o gado acordar a tempo e descobrir a malandragem, pode ser que algo de novo aconteça... Quem sabe?
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.
11 de janeiro de 2012
Jorge Serrão
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
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