“Nós perdemos o primeiro ano de governo sem que nenhuma reforma estrutural tenha sido enviada ao Congresso, sequer para discussão.”
“A agenda é pobre. Vamos aguardar a iniciativa do governo.”
“O presidencialismo brasileiro é quase imperial.”
Ao Legislativo cabe fazer, elaborar as leis (projetos, etc.) e ao Executivo cabe executá-las.
Partindo dessas definições que Aécio Neves parece desconhecer, as pérolas acima, ditas por ele em uma reunião em Belo Horizonte com o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), e com o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), não fazem o menor sentido. Ao cobrar de Dilma tarefas que ele mesmo deveria ter desempenhado – se tivesse trabalhado em 2011 – Aécio lembra a velha máxima do roto falando do esfarrapado.
É tão cara de pau que ainda tem o desplante de dizer que ainda vai aguardar a iniciativa do governo. Por que não cobrar de si mesmo e do Congresso os tais “projetos de reforma política, tributária, da Previdência e do Estado brasileiro” que, para ele, são tão “cruciais”, como afirmou na reunião?
Portanto, a culpa pelo que Aécio se queixa é exclusivamente dele e de seus pares, não de Dilma.
Que tal se ele falasse menos e trabalhasse mais?
08 de fevereiro de 2012
Por Ricardo Froes
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
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