Ainda novato na política, o deputado federal Fernando Francischini parece já ter encontrado o seu caminho pelo mundo legislativo: a luta contra a corrupção. Depois de pedir licença da Polícia Federal para assumir o mandato em Brasília, o londrinense teve um primeiro ano promissor no Congresso. E promete para 2012 pegar muito no pé do governo federal. Fiscalizar é a palavra de ordem.
Em um governo em que oito ministros deixaram as pastas, sendo sete por escândalos de corrupção, o deputado federal avisa que tomará decisões duras para manter a ordem do país. “Vou continuar esse trabalho sério, que infelizmente poucos querem fazer aqui dentro da Câmara dos Deputados”, relata Francischini. Segundo ele, está na hora da presidente Dilma Rousseff escolher uma equipe técnica, que possa fazer um trabalho sério. “Foi para isso que ela foi eleita e é isso que temos que cobrar”, lembra.
O deputado do Paraná ainda tem ares de polícia investigativa e garante que apesar de fazer parte da minoria do Congresso, a oposição, ele não vai esmorecer mesmo diante do cenário. “Estamos sendo atropelados pelo rolo compressor do governo federal. Nunca houve uma base governista tão grande. Não conseguimos aprovar requerimentos de convocação e nem aprovar CPIs”, argumenta Francischini.
O delegado, como ainda é chamado por alguns parlamentares, é vice-presidente da Comissão de Segurança Pública, titular do Conselho de Ética e suplente das comissões de Políticas Públicas de Combate às Drogas e Subcomissão Especial de Controle de Armas. Uma das suas principais conquistas em 2011 foi a liberação de verba para um projeto piloto em Curitiba para levar a educação para crianças como uma forma de prevenir contra o uso de crack e outras drogas. O projeto é uma parceria com a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), do Ministério da Justiça. O Mães Contra o Crack deve começar ainda este ano e pretende atingir mulheres grávidas e/ou que tenham filhos de até 12 anos (idade que estatisticamente ainda não é considerado o público alvo de consumo da droga).
Além do combate às drogas e corrupção, Francischini também falou de um assunto bem relevante: a situação do sistema prisional hoje no Brasil. Apesar do caos nos presídios do país, o deputado afirmou ser contra a privatização total das cadeias. Segundo ele, seria importante terceirizar alguns serviços, como alimentação e administração. Mas na sua opinião é impossível privatizar toda a estrutura de um presídio.
Com pautas importantes no Congresso, Francischini terá um ano longo pela frente. Mas o deputado parece satisfeito. “Acredito que o trabalho que estou fazendo aqui é muito importante para o nosso pais. É um trabalho que o jovem olha e pode ter pelo menos um exemplo de que nem tudo está perdido. Tem deputados e senadores que podem ser exemplos aqui dentro”, afirmou.
É desse otimismo que precisamos!
09 de fevereiro de 2012
politica do bem
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
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