"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 12 de março de 2012

A COMISSÃO DA VERDADE: ESQUERDÓIDES DO MPF EM BUSCA DE CINCO MINUTOS DE FAMA

As iniciativas de procuradores do Ministério Público Federal (MPF), que estão prestes a ajuizar ações contra agentes do Estado acusados de envolvimento com crimes permanentes ocorridos durante a ditadura, conforme informou ontem o Estado, voltaram a provocar debates em torno da Lei da Anistia, de 1979.

Enquanto setores do MPF, militantes de direitos humanos e políticos de esquerda entendem que na lei existem brechas que poderiam levar à condenação de civis e militares, do outro lado porta-vozes dos militares e especialistas em questões jurídicas sustentam que o debate foi encerrado em 2010 - ano em que o Supremo Tribunal Federal (STF) definiu que a lei beneficiou os dois lados.


Dois ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sustentaram, em entrevistas recentes ao Estado, que a definição sobre a Leia da Anistia, em 2010, encerrou a possibilidade de punir militares que cometeram crimes durante a ditadura. Um deles, Luiz Fux, afirmou que a Lei 'foi uma virada de página'. Para Gilmar Mendes, o modelo de anistia estabelecido pelo Brasil e julgado pelo STF faz parte do processo constituinte.


Militares da ativa e da reserva, informados da iniciativa do Ministério Público, contestaram ideia e afirmaram que consideram o assunto encerrado com a decisão do Supremo Tribunal Federal.

'O acordo de perdão foi aprovado pelo Congresso e selado pelo STF', sustentou anteontem o general de Exército da reserva Luiz Cesário da Silveira Filho.
'É mais uma tentativa de ganhar notoriedade e tumultuar o processo'. 'Apenas os renitentes ideológicos alimentam essa polêmica',
acrescentou o general Maynard Marques de Santa Rosa.

Outro general, Augusto Heleno, perguntou, pelo Twitter: 'O MPF pode ignorar decisão do STF para atender à Corte Interamericana de Direitos Humanos?'

(Trechos de matérias publicadas hoje no Estadão)
12 de março de 2012

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