"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 12 de março de 2012

WALDOMIRO DINIZ E JOSÉ DIRCEU MERECEM VOLTAR A CONVIVER NUM PÁTIO DE PRESÍDIO


Depois de Marcos Valério, condenado em 14 de fevereiro a 9 anos de prisão, chegou a vez de Waldomiro Diniz. Nesta quinta-feira, a juíza Maria Tereza Donatti, da 20ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, sentenciou a 12 anos de cadeia o protagonista do escândalo que abriu o festival de horrores da Era Lula.

É esse o título do post publicado na seção O País quer Saber em 30 de abril de 2009, exatamente sete dias depois do nascimento da coluna. Reproduzido agora na seção Vale Reprise, o texto é um retrato 3×4 do crápula que José Dirceu presenteou com um empregão na Casa Civil.

Waldomiro e Dirceu nasceram um para o outro, atesta a convivência mais que fraternal dos amigos que dividiram um apartamento em Brasília antes de se tornarem vizinhos de sala no 4° andar do Palácio do Planalto.

Se a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal mirar-se no exemplo dos juízes que castigaram Marcos Valério e Waldomiro Diniz, e cumprir seu dever no julgamento dos mensaleiros, Dirceu poderá reencontrar o amigo num mesmo presídio.

Nos banhos de sol no pátio, a dupla terá tempo de sobra para recordar os bons tempos em que o Brasil foi reduzido a um viveiro de criminosos impunes.

01/03/2012
Augusto Nunes

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