Pressão do MST e “mau desempenho” fazem Dilma trocar ministro do Desenvolvimento Agrário
A demissão de Afonso Florence do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) serviu para dar uma resposta às críticas dos movimentos sociais às políticas de reforma agrária no País durante o primeiro ano do governo Dilma Rousseff. Com o iG publicou em fevereiro deste ano, o número de assentados em 2011 foi menor que nos últimos 16 anos. Florence será substituído por Pepe Vargas (PT- RS).
Tradicional aliado do PT, o Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) fez pressão contra o ministro. Em janeiro deste ano, o MST contestou publicamente o número de assentamentos feito pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), órgão vinculado ao MDA.
O Incra chegou a anunciar ter assentado 20.617 famílias ao longo de 2011. Por meio de nota divulgada à imprensa no fim de janeiro deste ano, o MST contestou os dados oficiais. Outros entidades, como a Contag, também pediram a saída de Florence.
“Foram assentadas somente 1.651 famílias organizadas pelo MST. Ao todo, foram assentadas 5.735 famílias em áreas desapropriadas, com os R$ 530 milhões previstos no orçamemento do Incra para a obtenção de novas áreas”, diz a nota da Secretaria Nacional do MST.
A Confederação dos Trabalhadores da Agricultura (Contag) também fez duras críticas a condução da reforma agrária no governo Dilma. Em entrevista ao jornal Valor Econômico no fim do ano passado, o presidente da Contag, Alberto Broch, afirmou:
“Precisamos que as políticas agrícolas cheguem no campo. A Dilma tem isso como questão importante, como o Brasil sem Miséria. Tem ações importantes, mas a crítica é o acesso à terra. É muito tímido”.
Indicação de corrente petista
Pessoalmente, o deputado Afonso Florence (PT-BA) também não era bem avaliado por Dilma. Ela chegou ao comando da pasta do Desenvolvimento Agrário indicado pela corrente petista Democracia Socialista, que desde 2003 comanda o ministério.
Florence também contou com o apoio do governador da Bahia, Jaques Wagner. No entanto, nos bastidores, o próprio Wagner deixou claro que ele havia se tornado ministro por conta da indicação da corrente Democracia Socialista.
Notícia do portal iG
11de março de 2012
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
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