"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 5 de março de 2012

SILENCIOSOS ESTIGMAS...

Cuidado! Um dia o estigma poderá se virar contra você.

Vivemos envolvidos em estigmas: "Loura é burra. Homem é safado. Judeu é 'pão duro'. Baiano é preguiçoso. Carioca é malandro. Fora muitos outros que repetimos só naquela brincadeirinha. Mas, mesmo sabendo o perigo que podem representar, os estigmas saem das piadas e, de tão repetidos, convencem muitos de que são verdadeiros.

É aí vem o estigma em direção contrária ao que foi criado pelo genocida Hittler: olhar para um alemão e ver - ou pelo menos lembrar - da abominável cruz suástica.


Nos últimos anos, fizeram questão de estigmatizar tudo que estivesse supostamente mais afastado do 'trabalhadô', como o empresariado (embora não os tenham atrapalhado em nada), o homem rico, o empregador, o capitalismo, o neoliberalismo. Os dois últimos deixaram de ser um conjunto de idéias e se tornaram - pasmem! - motivo de acusação. "Você é um neoliberal, um capitalista", dizem em forma de xingamento, provavelmente quem nem sabe o que significa isso.


O vídeo acima é um trailler do filme "A Lista de Schindller" *
- Bom prato para quem gosta de sofrer -

* O final deste filme em preto e branco nos faz pensar. A cores aparecem os diversos judeus, salvos por Schindler, fazendo a ele uma homenagem em seu túmulo. Vemos pessoas que perderam tudo, mas conseguiram se reerguer, mesmo depois do sofrimento imposto pelos nazistas. Percebemos, então, em alguns daqueles, tão humilhados num passado próximo, um certo ar de empáfia.

5 de março de 2012

Nenhum comentário:

Postar um comentário